Archive for agosto \25\+01:00 2008

::Colapso x Utopia::

25/08/2008

Tocando muito bem em assuntos atuais e de interesse para todo ser humano deste planeta, Rafael Reinehr descorre neste texto sobre uma teoria muito interessante e que promete: a desaceleração da produção e do consumismo em nome do meio-ambiente, da afirmação da importância dos relacionamentos humanos e do “savoir vivre”, o Decrescimento Sustentável. Imperdível!!!!

Gostaria de ler aqui seus comentários, para discutirmos juntos as idéias descritas no texto do Rafael.

::Mais uma de ouro::

24/08/2008

Conquistamos mais uma medalha de ouro inédita com o volei feminino. Dá-lhe meninas! Estamos agora na 22a. colocação, dentre 204 países. Uma boa colocação, não é mesmo? Eu achei o design do uniforme das nossas atletas muito lindo e criativo. E vocês, gostaram dele também?

P.S. de 25.08.08-Chegamos ao final da competição em 23° lugar, mas ainda assim muito bem!

::Dá ouro nela!::

22/08/2008

Maurren Maggi ganhou o 1° ouro inédito para o Brasil e para as mulheres em uma prova individual. Parabéns pra ela!!! Ela levará a bandeira do Brasil na cerimônia de encerramento das Olimpíadas em Pequim, e com razão. Linda sua atitude de carregar nossa bandeira junto de uma pequena chinesa, sinal de respeito pelo país que lhe deu uma medalha de ouro pra levar pra casa. Choramos todos com ela, de emoção. “Entre outras mil és tu Brasil ó pátria amada, dos filhos deste solo és mãe gentil, pátria amada Brasil”…

::Geração Mistura Fina::

20/08/2008

Esta música da Bê (Betina Ignacio) exalta o multiculturalismo e o fato de que as pessoas podem e devem se sentir bem, não importa onde estiverem e de onde vierem. Afinal de contas, independentemente de nossas origens, somos todos cidadãos do mundo! Nesta música, intitulada “Samba no Pé”, ela sonha com uma nova geração com olhos, corações e mentes abertos, uma mistura de todos os tipos de raças e origens, a “Geração Mistura Fina”. Com samba no pé, e pé no samba!

::Entrevistando Expatriados::

19/08/2008

Saiu ontem minha entrevista no Entrevistando Expatriados. Espero a visita de vocês por lá! E será legal ler seus comentários!!!

::Pensativa::

18/08/2008

A reportagem de ontem me deixou muito pensativa. Conheço muitos relacionamentos binacionais que dão certo, mas o que me deixou pensativa foi ao me perguntar quantos relacionamentos violentos existem aqui e em outras partes do mundo, qual deve ser o verdadeiro nível de violência doméstica no mundo?

Achei aqui uma descrição perfeita dos direitos da mulher em seu relacionamento amoroso. E os círculos da violência (usar coerção e ameaças, usar intimidação, uso de abuso emocional, usar isolamento, minimizar, negar e culpar, usar as crianças, usar privilégio masculino, praticar abuso financeiro) e da não violência (negociação e justiça, comportamento não ameaçador, respeito, confiança e suporte, honestidade e responsabilidade, responsabilidade parental, compartilhar responsabilidade, parceria nas finaças) explicam bem a diferença entre um relacionamento onde não há, e onde há respeito entre os parceiros. Eu já passei por um e pelo outro, portanto reconheco tão bem a diferença. E muitos dos tipos de violência pelos quais já passei não eram reconhecidos por mim como um ato de violência, por isso considero esses círculos bastante educativos e esclarecedores.

::Decepção na Alemanha – quando o sonho de uma nova vida se torna um pesadelo::

18/08/2008

Por acaso achei outro documentário, este sobre brasileiras que vieram para a Alemanha à procura de felicidade e de realizar o sonho da vida delas e acabaram caindo em um pesadelo. Se você quer ver o documentário, pare de ler aqui.

A história começa com uma brasileira que veio para cá através de um anúncio de uma agência, casou-se, segundo suas próprias palavras, sem amor ou sentimento. Ela ficou casada durante 4 meses, durante os quais foi espancada pelo marido. Tentou suicidar-se e depois se separou do marido.

A segunda brasileira foi quase estrangulada pelo ex-marido quando se negou a dormir com ele. Ele declarou perante as autoridades que ela só se casou com ele para conseguir um visto de permanência. Da 2a. vez que ele bateu nela perante sua filha e sua mãe, ela o denunciou para a polícia e se separou dele.

A reportagem também mostra as “técnicas” de uma brasileira para tentar achar um pretendente estrangeiro nas praias do Recife. A brasileira pensa que virá para cá e terá uma vida melhor, menos sofrida, com um bom marido.

A 4a. história é de uma brasileira que se casou com um alemão e o casamento seguiu bem até a gravidez. Durante a gravidez o marido bebia muito e bateu muito nela. Ela foi embora para o Brasil e levou sua filha. O ex-marido levantou falso testemunho, foi ao Brasil e conseguiu licença de um juiz para levar a criança embora para a Alemanha. Desde então, 12 anos se passaram e ela viu a filha uma única vez.

Em geral os pares têm grande diferença de idade, se conhecem pouco tempo antes do casamento, há problemas de comunicação, diferenças culturais, a estrangeira se torna dependente do marido, ele a vê como seu patrimônio, a estrangeira não conhece as leis, não sabe como procurar ajuda, tem dificuldades no idioma, e assim se forma o ciclo da dependência, que muitas vezes acaba em uma grande decepção e em separação, e em cicatrizes na alma.

De todas as entrevistadas do documentário, inclusive a advogada, só foi mostrado um casal binacional que deu certo. A brasileira que procura um gringo e mora no Brasil disse ter sido espancada por seus ex-companheiros e conhecer muitas mulheres no Brasil que sofrem de violência doméstica dentro do casamento. Em nenhum dos casos os ex-maridos das brasileiras foram entrevistados, portanto o documentário foi feito somente sob a perspectiva das brasileiras.

O livro “Wunden der Seele” (Cicatrizes da alma – que eu aliás não consegui encontrar na internet) foi escrito pela primeira brasileira como um aviso para as mulheres, pois, como ela disse, a Alemanha é um país ótimo mas tem-se que ter muito cuidado pois aqui há muitos homens dos quais se deveria manter distância. E que deve-se deixar muito tempo até o casamento para poder conhecer a pessoa bem, acima de tudo seu caráter.

Apesar dos problemas enfrentados, muitas brasileiras não querem falar sobre suas dificuldades na Alemanha, por medo de se mostrarem como “perdedoras”. Desta forma o país continua sendo destino para centenas de brasileiras por ano que tentam encontrar aqui seu príncipe encantado.

::A verdadeira cara da China::

17/08/2008

Assisti hoje um documentário sobre repórteres chineses que incomodam o governo por mostrarem a verdadeira cara da China e por serem incorruptíveis, lutando pela verdade. Imperdível!!! Achei o documentário na internet, o link está acima. Mesmo para quem não entende alemão, vale a pena ver pelo menos uma parte dele, pois as imagens já dizem muito. Aqui um resumo dos temas:

Os repórteres mostrados são profissionais que tinham sucesso, dinheiro e reconhecimento, mas não podiam escrever nada crítico sobre o país e eram controlados por políticos corruptos;

Eles são perseguidos e muitas vezes a polícia do governo, que censura a internet, pede para que seus artigos sejam apagados – muitos deles não atendem o pedido, correndo até perigo de vida;

A luta por terra na China é grande – quem tenta se negar a ceder seu pedaço de terra, se este for confiscado pelo governo, é atacado e massacrado a plena luz do dia. Um exemplo foi filmado e fotografado, mais de cem pessoas viram uma pessoa sendo massacrada com tijolos, pedaços de pau, pezadas na cabeça, tudo porque a família não queria ceder a casa para ser demolida pelo governo. Se agricultores tentam se negar a ceder sua terra, são mortos ou suas terras são inutilizadas, p.ex. com várias pedras postas pelo governo no campo. Se o governo desapropria um terreno, dá um valor irrisório ao antigo proprietário, o que o impossibilita de comprar uma casa em outro lugar;

Os problemas ambientais na China são imensos – foi mostrada de uma cidade onde grande parte de mineirais pesados são extraídos, onde há muitos casos de câncer, pessoas morrendo cedo com problemas respiratórios, diversos problemas de saúde tais como perda de dentes, problemas nos ossos, problemas no coração. O crescimento do país faz com que mais fábricas se instalem, e com isso os problemas ambientais vão aumentando cada vez mais, deixando pessoas cada vez mais novas muito doentes;

Por ocasião do terremoto do começo do ano os repórteres afirmaram ter sido a primeira vez que tiveram a oportunidade de mostrar o que havia acontecido com menos censura do governo – uma repórter de 25 anos foi ao centro do terremoto e fez uma reportagem sobre as inúmeras crianças que perderam seus pais durante o terremoto, pois este aconteceu enquanto estavam na escola;

O caso da jovem repórter também é bastante interessante: ela vem de classe média alta, já morou e estudou no exterior, ganha bem, é cosmopolita, patriota, mas faz reportagens para mostrar aos chineses a China que ela mesma não conhece e vai descobrindo através de suas reportagens;

As moças que foram selecionadas para auxiliarem na entrega das medalhas das Olimpíadas também são mostradas, elas sabem dar respostas prontas a toda e qualquer pergunta, aprenderam que têm que mostrar 8 dentes ao sorrir e como são importantes para o país, mostrando para o mundo a potência que a China representa e fazendo internamente também propaganda do governo chinês;

Os repórteres mostram ter muita coragem, amor à pátria e à profissão e são mesmo incorruptíveis: um deles disse que o dinheiro que oferecem para ele para que ele páre de fazer suas reportagens deveria ser oferecido para as pessoas que o governo massacra com sua política.

Minhas perguntas:

Quantos países mostram uma reportagem como esta? Se o governo compra e censura o jornalismo no país, o mesmo deve acontecer em vários outros países do mundo.

Em quantos países no mundo o jornalismo é realmente 100% livre? Ao mesmo tempo vejo a importância dos blogs, que fazem jornalismo inoficial e muitas vezes mais atual do que a própria imprensa.

A cada reportagem sobre as Olimpíadas, os jornais de todo o mundo deveriam também fazer uma reportagem sobre as condições de vida dos chineses. O mundo não pode fechar os olhos para os problemas do povo chinês.

::Ontem, hoje, sempre…::

17/08/2008

Tantas coisas rondando na minha cabeça agora: uma literária e outra musical, pra variar. Hoje durante o dia todo: luta com o assentamento de granito no chão da cozinha. Resultado parcial: 1×1. Amanhã tem mais.

Pensando bem e retrocedendo um pouco no tempo, eu sempre tive a ver de alguma maneira com a Alemanha, nem que seja de forma paralela, como no caso da rua Alemanha que ficava ao lado da minha no bairro Eldorado, onde morava antes de vir para cá. Aos 13 anos mais ou menos li um livro que me marcou, o Christiane F., drogada, prostituída – e pelo menos no meu caso este livro serviu de exemplo pra nunca tocar em drogas. Agora há pouco li um artigo sobre a autora do livro, que nunca conseguiu trabalhar e vive das rendas do livro que a tornou famosa: ela voltou a ficar dependente de heroína e perdeu a guarda do filho de 11 anos… Que pena! Parece realmente ser muito difícil viver “normalmente” depois de ter sido dependente. Por fora não se vêem sinais de sua vida de adolescente, mas por dentro, com certeza, sim.

Acho que achei o “Zé Cabaleiro de Minas Gerais”: Pedro Morais. Quanta música linda, meu Deus! E com um toque de poeta, muitas rimas e brincadeiras com a linguagem, letras bonitas e inteligentes como eu adoro! Ele acabou de lançar um CD, recomendo!

Eu, pelo menos, não vou deixar o Brasil no final do ano sem um CD dele na mala! Se tiverem ficado curiosos, tem várias outras músicas dele no MySpace pra vocês curtirem e – assim espero – se deleitarem com ele!

::Reformando…::

15/08/2008

Eu tenho a dizer que esta reforma e esta limpeza condicionada estão me fazendo bem. Até o clima está combinando – tem feito frio e chovido todos os dias! Hehehehe… Já achei uma mãe que mora aqui no bairro do lado e que vai querer comprar roupas para seu filho um pouco menor do que o Daniel! Vou participar de mercados das pulgas, coloquei um anúncio no jornal local, já separei tudo que vou jogar fora e avisei pra empresa responsável vir buscar, pretendo logo depois fazer um Garagenflohmarkt (mercado das pulgas na minha garagem). Finalmente coloquei meu vestido de casamento pra vender, no tamanho 38/40. Tenho um sapato alto lindíssimo no tamanho 35 (!), usado só no dia do casamento, em oferta. Até a roupinha do Daniel, que ele usou no dia do casamento, está à venda (tamanho 92). Aqui algumas fotos, caso alguém tenha interesse.


%d blogueiros gostam disto: