Archive for abril \29\+01:00 2009

::Charada::

29/04/2009

Quem sabe o que significa aqui na Alemanha “imigrante sem histórico migratório”? Em alemão “Migrant ohne Migrationshintergrund”.

::Quem não se comunica, se estrumbica::

29/04/2009

Meu anjo da guarda deu um duro “danado” hoje! Isso porque estava voltando de uma viagem que fiz pela empresa onde trabalho da região de Frankfurt para o sul da Alemanha, e a viagem deu totalmente errado e ao mesmo tempo 100% certo só por causa dele, do meu anjo da guarda.

Explico: o planejado era pegar um taxi, fazer um pequeno trajeto de ônibus e depois seguir viagem até aqui perto de casa com dois trens. Pois bem, só que depois do taxi, por indicação do taxista eu peguei o ônibus errado, tive que descer às pressas e pedi por telefone um taxi para poder voltar à estação de trem correta. Uma senhora velhinha, que tinha descido do ônibus comigo, ficou preocupadíssima com a minha falta de sorte e me ajudou a olhar as opções do que eu poderia fazer, pra onde voltar, como tentar negociar com a Deutsche Bahn (a empresa ferroviária alemã), pois o meu tíquete não oferecia a opção de reembolso nem de troca. Depois de alguns preciosos minutos o novo taxista, por sua vez, pelo jeito era novo no ramo e não sabia para onde ir, tendo me perguntado se eu conhecia o caminho… Mais uns minutinhos perdidios… Mas ele me sugeriu a melhor estação de trem, onde segundo ele haviam mais conexões naquelas redondezas, que aliás era para onde o ônibus correto teria me levado. Desci às pressas do taxi e tentei tirar da máquina as informações que precisava para viajar em outro trem pra casa, mas de primeira não recebi a informação detalhada das conexões. Tentei na beirada do guichê, mas a funcionária so me informou, bastante seca, que eu teria que comprar um novo tíquete e que aquele não era mais válido. Não aceitei que teria que investir tanto dinheiro em um novo tíquete e voltei à máquina, que desta vez me deu as conexões da nova viagem. Desci à plataforma 5 às 11:00 h e pouco, pois às 11:09 sairia o trem da nova conexão, e no mesmo momento em que cheguei lá ouvi o aviso de que o trem de 10:38 h estava saindo com pouco mais de 25 minutos de atraso da plataforma 4 (de frente para a 5, onde eu estava!). Ei, esse era o trem que tinha perdido! Mas ainda assim não sabia se entrava no trem atrasado, ou se ia na nova conexão. Eis que aparece outro funcionário da Deutsche Bahn, que me aconselha a entrar no trem atrasado mesmo, pois nele meu tíquete teria validade. Ufa! Entrei no trem e continuei ainda desse momento eletrizante, nessa loucura de tantas “coincidências” em um espaço de tempo tão curto, e fiquei ainda um bom tempo pensando em como tudo aquilo poderia ter dado tão errado e tão certo ao mesmo tempo. De azarada eu passei à posição de sortuda…

Lembrei do meu primeiro dia de Alemanha quando cheguei aqui em 1993, e de todas as pessoas que foram surgindo do nada e me ajudaram a fazer o carrinho do aeroporto se mover, a comprar um tíquete na máquina para andar de trem, de metrô, a movimentar minhas malas pesadérrimas… Viajei no tempo e agradeci. Meu anjo da guarda é mesmo tiro e queda!

::DAAD oferece bolsas para o estudo da língua e cultura alemãs::

29/04/2009

O DAAD – Serviço Alemão de Intercâmbio Acadêmico – abriu inscrições para um de seus mais concorridos programas de bolsas, o tradicional Curso de Inverno de Língua e Cultura Alemãs.

O programa destina-se a jovens estudantes, brasileiros ou estrangeiros com residência permanente no Brasil, matriculados em universidades brasileiras, com no mínimo o sexto período da graduação concluído até o fim de 2009 (jovens mestrandos também podem candidatar-se). Os candidatos devem apresentar desempenho acadêmico muito bom e comprovar conhecimento de alemão equivalente ao nível intermediário, entre outras exigências.

Com duração de quatro a sete semanas, os próximos Winterkurse ocorrerão em janeiro e fevereiro de 2010 (datas exatas a definir) em universidades de Freiburg, Essen, Leipzig e Berlim.

A bolsa está fixada em 2800 euros (1075 euros para reembolso das passagens aéreas, 975 euros para alojamento e alimentação e 750 euros para custos com o curso). O DAAD custeará ainda, integralmente, o seguro de saúde. O programa geralmente também inclui excursões nos fins de semana e visitas a teatros, museus e outras instituições culturais. O bolsista deve levar consigo de 300 a 600 euros para despesas adicionais.

Os pedidos de bolsa devem ser enviados para o escritório do DAAD no Rio de Janeiro até 29 de junho.

Mais informações no site do DAAD.

Fontes: DAAD e Portal Brasil-Alemanha.


::Mineirinha & Casa do Brasil::

27/04/2009

A associação brasileira Casa do Brasil e.V. também está apoiando o lançamento do livro “Mineirinha n’Alemanha” no próximo dia 02/05 em Munique através de divulgação do evento em sua página na internet. Obrigada pelo apoio! 🙂

::A primeira bicicleta a gente nunca esquece::

26/04/2009

O Daniel ganhou a primeira bicicleta com pedais de presente. Bicicleta com pedais? Sim, a bicicleta anterior era sem pedais e tinha sido um presente da vovó do Brasil. Ela parece ser um artigo pouco conhecido no Brasil, se não estou enganada. Na Alemanha há vários modelos diferentes de bicicletas sem pedais que podem ser vistos no site da Amazon. Achei uma bicicleta parecida de madeira no Brasil que se chama “Bichiclo” aqui.

Sempre me disseram aqui na Alemanha que através da bicicleta sem pedais a criança aprenderia a ter equilíbrio bem mais rápido e não iria precisar de bicicleta com rodinha, e isso realmente é verdade: ele aprendeu a andar de bicicleta em poucas horas! Só não sabe ainda frear direito, o que estamos treinando com ele… O mais curioso é que o capacete protetor dele foi mais caro do que a própria bicicleta, pois por conhecer meu filho e seu jeito destemido comprei um bom capacete, novinho em folha, e a bicicleta foi de segunda mão, porque ela vai servir só para alguns meses neste ano e depois vai ser passada pra frente. Para quem por ventura ainda não conheça as palavras : Laufrad (literalmente “roda para andar”) é a bicicleta sem pedais, Fahrrad (“roda para conduzir”) é a com pedais e Kinderfahrradhelm (capacete de bicicleta para crianças) significa capacete protetor.

Se você está também procurando uma boa bicicleta usada para curtir o sol na Alemanha, agora nesta época há bons mercados de bicicleta usadas, pequenos anúncios nos jornais e mesmo em lojas especializadas é possível perguntar por bicicletas de segunda mão, como no caso da bicicleta do Dani, que foi encontrada numa dessas lojas. Bons passeios!

P.S.-Escrevi este texto ontem à noite e deixei para publicá-lo hoje. O capacete já mostrou sua utilidade hoje, pois o Daniel desceu uma rampa bem longa de bicicleta, bateu o rosto de frente no portão de uma garagem e chegou em casa com o Matthias e com a Taísa chorando até, com a boca e o nariz todo ensanguentados!… Felizmente, além de um corte de 1 cm por dentro dos lábios, não aconteceu nada mais!… Ele chegou até a desmaiar depois do choque, e agradeço por nao tê-lo visto mais uma vez inconsciente, por nao ter visto o acidente e acima de tudo por ele não ter perdido dentes! O mais incrível é que passada uma hora, onde ele ficou deitado com gelo na boca, chorou ainda em estado de choque e só podia tomar bebidas com um canudinho, o papai perguntou se ele queria andar de bicicleta e ele respondeu imediatamente que sim!…

::Feliz aniversário pra ele!::

25/04/2009

Meu livro fez aniversário de 4 meses no último dia 23.04 e até agora estou bastante satisfeita, pois já foram vendidos perto de 150 exemplares. Weiter so (Continue assim), Mineirinha!

::Web Trend Map::

25/04/2009

Vocês já ouviram falar desse mapa de tendências do mundo virtual, lançado anualmente pela empresa japonesa iA (Information Architects), que retrata as 333 maiores empresas e as 111 pessoas mais influentes da net? Eles tomaram por base o sistema de metrô de Tóquio e fizeram um trabalho incrível e muito interessante, que pode ser copiado gratuitamente do Flickr.

::O novo look da Susan Boyle::

25/04/2009


Eu vi hoje algumas fotos da transformação pela qual a Susan Boyle, participante do programa “Britain’s Got Talent” passou nos últimos dias. Eu não consigo ver uma transformação dessas só pelo lado positivo. Havia sido feita uma pesquisa de opinião na Inglaterra onde 52% das pessoas achavam que ela deveria mudar seu estilo e 48% das pessoas afirmaram que gostavam dela como ela é. Aí é que está a questão para mim: mudar de estilo por motivos internos está naturalmente 100% certo, mas eu sou contra a idéia de mudar para ser mais aceito ou mais respeitado ou caber mais dentro daquilo que a sociedade afirma ser a correta forma de agir, vestir, etc. Ela havia ganho minha simpatia não só por sua tremenda voz, mas também por sua autencididade. Que ela tenha mudado por vontade própria!

Enquanto isso, no Brasil, ela já virou Susan “Bola”… Consegue rir com uma charge dessas?

Fontes: Der Spiegel, Kleine Zeitung, msnbc, charges.com.br.

::Site Pomeranos no ES apóia a Mineirinha::

22/04/2009

Há muitas comunidades originadas da imigração alemã no Espírito Santo (formando um total de 16 cidades). O site Pomeranos no ES visa servir de ponte de comunicação para os membros desta comunidade. Fiquei super feliz quando achei hoje por lá esta notícia fazendo propaganda do meu livro. Agradeço pelo apoio!

::”Mineirinha n’Alemanha” na mídia alemã::

20/04/2009

Uma opção alternativa de compra do livro “Mineirinha n’Alemanha” (que pode naturalmente ser adquirido diretamente comigo) é a livraria virtual LiBrasil, que é especializada em literatura na língua portuguesa aqui na Alemanha. Ela noticiou sobre meu livro aqui.

KultBrasil é um portal online sobre o Brasil para o público alemão. Ele se propõe a mostrar que o Brasil é muito, muito mais do que samba, carnaval e futebol, mostra muito da nossa cultura e procura intensificar o relacionamento Brasil-Alemanha de forma positiva. Nele acaba de sair uma reportagem sobre o meu livro. Leiam a reportagem (em alemão) aqui. Abaixo a tradução de parte da reportagem em português:

Você teve algum choque cultural no ínicio, quando veio morar na Alemanha?

Claro, tive bilhões! Eu vim para a Alemanha antes da era da internet, e além do frio e da saudade, só sabia falar alemão no presente e não podia me expressar no passado ou no futuro, só entendia a conversa com uma só pessoa, não conseguia ler e me informar como estava acostumada porque não conseguia ler jornais e revistas nem assistir televisão. Eu misturava o alemão constantemente com o inglês e o pior: não entendia os códigos de conduta e comportamento da cultura alemã.

Por exemplo lembro-me do dia do meu aniversário na empresa onde fazia o meu estágio: enquanto eu esperava uma pequena festa surpresa, como no Brasil, os meus colegas de trabalho certamente esperaram que eu trouxesse um bolo ou oferecesse algo pela passagem da data, como é comum aqui na Alemanha. Só fui entender isso meses depois!

Ou a primeira vez em que tive uma discussão com um colega de trabalho. Ele levantou o dedo pra mim, eu pedi que o tirasse e impus respeito. No outro dia ele chegou no trabalho com presentes para mim. Aprendi que o alemão, muitas vezes, gosta de testar seu espaço, mas se você souber impor respeito, ele passará a reconhecer seu limite.

No começo eu tinha uma enorme dificuldade entre saber usar o “du” e o “Sie” e para falar a verdade não entendia a importância dessa diferença. Tratava o motorista de ônibus ou a vendedora de uma loja todos por “du” e não entendia como as pessoas podiam reagir de uma forma tão estranha com relação a este “pequeno” detalhe. Olhando para trás, acho que entender esta diferença faz parte do processo de integração.

Posso dizer que tudo no começo foi um choque, mas também um grande aprendizado. Hoje tenho dupla nacionalidade (brasileira e alemã) e me sinto parte integrante das duas culturas.

Seu livro ainda não tem tradução em alemão. Você pretende traduzi-lo?

Sim, eu quero muito traduzi-lo e para tanto estou procurando um patrocinador, uma editora ou um agente literário. Mas o livro seria adaptado e não seria uma tradução direta de todos os textos.

O que um alemão poderia aprender com seu livro?

Nos últimos anos têm surgido vários livros na Alemanha onde estrangeiros descrevem suas experiências em solo alemão. Isso mostra uma abertura e interesse pela visão do outro. Acredito que meu livro possa contribuir no processo de integração do país (onde mais de 20% da população já é estrangeira ou descendente de estrangeiros), informar sobre o relacionamento Brasil-Alemanha e exemplificar, através de minhas observações pessoais, como uma estrangeira vê a Alemanha e os relacionamentos interculturais no país.


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