Segundo o Globo Repórter de hoje, o Brasil é o 2° país mais estressado do mundo, ficando só atrás do Japão. E eu que achava que os alemães eram bem mais estressados que os brasileiros! Tive sempre a impressão de que o brasileiro ri mais do que o alemão, mesmo nas adversidades. Por outro lado, o alemão se declara sempre estressado. Acabei percebendo, com o tempo, que “faz parte” da cultura deles e a declaração não deve ser levada tao a sério assim… Bom, mas durante o programa de hoje, fui reunindo alguns fatores de estresse no Brasil e na Alemanha, baseada na minha experiência:
No Brasil:
– Trânsito;
– Falta de proximidade com a natureza;
– Poluição (do ar, visual, sonora, etc.);
– Relações humanas (p.ex. impontualidade);
– Diferenças de tratamento e de emprego das leis;
– Alta jornada de trabalho (até 12h);
– Medo da violência urbana e reportagens sobre a mesma;
– Clima (no momento a baixíssima umidade do ar, digna de um deserto).
Na Alemanha:
– Ordem extrema;
– Relações humanas (p.ex. o imperativo da pontualidade, inveja, solidão);
– Leis inflexíveis;
– Clima (inverno, dias cinzas).
Aprendi na reportagem de hoje à noite que até as plantas sofrem estresse e eliminam toxinas quando isso acontece. No Japão (e na Alemanha também) procuram compensar o estresse através do contato com a natureza. Através de passeios em jardins, a natureza conversa conosco. O bambu mostra p.ex. que o “importante é buscar o alto e a luz”. Que belo ensinamento!
Mostrou-se no programa, com absoluta razão, que cada ser humano tem um limite para o estresse e que é importante saber reconhecer e respeitar esse limite. Geralmente buscamos uma mudança, uma guinada em nossas vidas, em busca de uma vida mais plena e menos estressante, as mulheres entre 25-35 anos e os homens entre 40-45 anos. Há ainda a síndrome da adaptabilidade ao mundo moderno, que exige que as pessoas se adaptem cada vez mais rapidamente a novos ambientes, novas situações, novas pessoas. Lembraram que o importante é saber lidar com situações estressantes e que muito do que passamos depende de nossa perspectiva, da maneira como enfrentamos o que estamos vivenciando. Ao mesmo tempo que compreendo isso, tenho que entender e compreender também o nível de estresse alheio – uma tarefa ainda mais complicada! Se quiser ler mais sobre o programa e fazer um teste do nivel do seu estresse, clique aqui.
Peço para completarem minha lista de componentes estressantes no Brasil e na Alemanha, clicando abaixo nos comentários. Obrigada e até logo de volta na Alemanha!