Archive for janeiro \25\+01:00 2011

::Edson Cordeiro na Alemanha::

25/01/2011

No sábado à noite passado tirei a sorte grande e pude ir com amigas minhas no show do Edson Cordeiro & Klazz Brothers. Eu, que não conhecia os artistas e fui ao show aberta para conhecer novos artistas, fui premiada com um dos melhores shows de toda a minha vida: o Klazz Brothers é um grupo alemão de 3 músicos, um pianista, um violoncelista e um bateirista (respectivamente: David Gazarov, Kilian Forster e Tim Hahn), todos mestres em suas áreas, que misturam, como eu nunca tinha ouvido antes, a música clássica com o jazz, que amo de paixão. Por sorte, estávamos de frente pro bateirista, que além de fazer dos sons mais leves aos mais fortes, era um super colírio para os nossos olhos. A partir da metade do show tive o prazer de conhecer a arte do nosso conterrâneo Edson Cordeiro, paulista que mora aqui na Alemanha há 3 anos. Gente, o que é aquilo? Que voz fenomenal, que vai do soprano ao barítono! Que SENHORA presença de palco! Fiquei toda orgulhosa dele, ri até cansar, dancei, ainda que sentada, cantamos juntos e no final ainda aplaudi de pé, pois ele merece. É um artista completo. Vou guardar este show pra sempre com carinho na minha mente, pois ele foi excepcional.

Minha amiga, Ceci, que já era fã incondicional do Edson Cordeiro há mais de 10 anos, descreveu o show da seguinte forma:
“Meninas, vocês perderam um show que nao se compara a nada… Foi incrível. A voz e a energia do cara nos deixaram loucas e no fim ele veio falar com a gente, tiramos fotos com ele, recebemos autógrafos, batemos um papo legal, trocamos e-mails e fomos felizes pra casa … Ops casa? Não, não… estavamos tao cheias de energia deste show contagiante que resolvemos ir pra Disco e morremos de rir e de dançar … No show deste cara eu iria até o fim do mundo! Que performance e que voz! Ele é uma pessoa linda!”

Assino embaixo e só posso recomendar pra todos os brasileiros que vivem aqui na Alemanha: assistam a um show do Edson Cordeiro, melhor ainda ao lado do Klazz Brothers, com colírio grátis. 🙂

Juntos, o grupo Klazz Brothers e o Edson Cordeiro lançaram um CD, que eu recomendo: “Klazz meets The Voice”. Nenhum vídeo conseguiria mostrar a qualidade da voz e da presença de palco do Edson Cordeiro, mas pra ilustrar vou deixar registrado este aqui:

::Campus Party #1: Sobre Luz e Liberdade::

20/01/2011

“Apenas 20% da população mundial está online, 80% não usam a internet. Vocês precisam pensar no que podem fazer para transformar também a vida dessas pessoas”.
Tim Berners-Lee

“Defendam a internet. Ela não pode ser controlada por empresas ou governos.”
Al Gore

Garanta que onde quer que você vá, a internet esteja livre. A internet aumenta o seu poder de fazer qualquer coisa”.
Al Gore

“Já passou da hora da civilização inventar um modelo educacional baseado na pesquisa, onde o aluno é movido pela curiosidade e o professor atua como um guia.”
Al Gore

Leia mais sobre a Campus Party no Brasil aqui no relato feito por Ana Carolina Moreno no blog Pensar Enloquece, Pense Nisso!

::A próxima “Alors on Dance”::

20/01/2011

Não é necessário entender muito de música pra afirmar que a música “They don’t make mistakes” de Tejo Damasceno e André Lucarelli, feita para o filme da Bruna Surfistinha, que vai estrear no Brasil dia 25 de fevereiro próximo, tem altíssimas chances de virar a próxima Alors on Dance e pode ficar conhecida nos 4 cantos do mundo. Vejam se eu não tenho razão clicando no link acima e baixando o MP3 da música. Assim que eu conseguir a letra, vai ser um prazer fazer a tradução e colocá-la aqui no Mineirinha. O incrível é que é possível por a música “zig” vezes seguidas pra tocar e eu, pelo menos, não me canso de ouvi-la!…

::Pesquisa: Semelhanças e Diferenças entre Consumidores Brasileiros e Alemães::

19/01/2011

Repassando o pedido da Rosanna Gebauer, DBKV München:

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Olá para todos!
 
Repasso abaixo o pedido de apoio de Ana Luiza Cavalcanti para a sua tese de mestrado.
 
Zur Unterstützung der Abschlussarbeit der Brasilianerin Ana Luiza Cavalcanti, leite ich diese Bitte weiter.
Der deutsche Text folgt weiter unten.

 
Vielen Dank! Obrigada!
 
Rosanna Gebauer
 
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Oi Gente!

Eu estou escrevendo a minha tese de mestrado em Marketing pela Hochschule Hof e acabo de concluir meu questionário!

Seria uma enorme ajuda se vocês pudessem dar uma passada neste endereço.

O objetivo deste estudo é descobrir semelhanças e diferenças no comportamento de brasileiros e alemães, quanto à satisfação do consumidor e sua atitude em relação a reclamações. É bem interessante e você só precisa de 5-10 minutos pra responder!

Se vocês puderem encaminhar este link para amigos, familiares ou colegas seria melhor ainda!

Eu agradeco desde já pelo apoio!!
Ana Luiza Cavalcanti

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Hallo an alle,

diese Befragung ist Teil meiner Abschlussarbeit des Masterstudiengangs Marketing Management an der Hochschule Hof. Ziel der Studie ist ein Vergleich zwischen deutschen und brasilianischen Konsumenten im Bezug auf Beschwerdeverhalten. 

Ich habe einen Fragebogen entworfen und jetzt brauche ich unbedingt eure Hilfe!

Man braucht nur 5 bis 10 Minuten, um ihn zu beantworten!
Hier der Link.

::Missão: fazer compras de supermercado na Alemanha::

19/01/2011

Sabem que eu achei que há muito já tinha comentado sobre a rapidez dos caixas de supermercado aqui na Alemanha? Eles são tão rápidos, que muitos clientes não conseguem equiparar seu “nível de atendimento” e deixam, coitados dos clientes, a desejar. E olha que hoje em dia eles, ou elas, na maioria mulheres, por fora padronizadas como simpáticas dando “bom dia” e “espero que a senhora tenha ficado satisfeita com o atendimento”, ou algo como “até a próxima”, por dentro são geralmente mal educadas e rudes. Elas, hoje em dia, “só” escaneiam as mercadorias, enquanto que as “feras” do passado sabiam de cor um código de uns 4 dígitos de cada produto do Aldi, e digitavam aquilo em um ritmo alucinante… E quando menos esperamos, lá estamos nós, “empacando” a fila sem querer e colhendo olhares não muito gentis… Reclamar? E quem gosta de ficar perdendo tempo em fila? Mesmo porque eu mesma já dei entrada em uma reclamação direta por escrito, direcionada ao supervisor da minha região da rede de supermercados Aldi, isso depois de terem gritado comigo e com meu marido por não termos sido rápidos o suficiente para passar nossas mercadorias no caixa. Isso aconteceu quando o Daniel, nosso filho, era pequeno e dava mais trabalho na fila, ocasião quando nos desdobrávamos, até eu, Matthias e Taísa ao mesmo tempo, pra darmos conta do recado da missão de “fazer compras no supermercado na Alemanha”… A resposta do supervisor foi decepcionante:
– Ele queria que eu descrevesse a funcionária, para poder chamar a atenção dela diretamente. Respondi que nao se trata de uma só funcionária, trata-se do sistema;
– Ele disse que o sistema é assim e que não vai mudar. Se mudasse, isso significaria que seria mais lento, o que faria com que o preço dos produtos tivesse que ser corrigido pra cima.

Imaginem bem: segundo a lógica do sistema, pagamos também, ou economizamos, em cima do mau humor e do mau tratamento que é direcionado a nós mesmos! Viva o capitalismo!

::Frio na barriga e arrepio interno…::

19/01/2011

…passando por todo o corpo. O governo brasileiro lança sistema de alerta (para áreas sob risco de deslizamento e ameaçadas por inundaçãos), e o detahe é que esse sistema já deveria estar pronto desde 2005, segundo acordo do Brasil e de outros 167 países perante a ONU. Segundo a reportagem de hoje do Estadão, o governo Dilma pretende, até o final do mandato, cobrir 80% das áreas afetadas. Quer dizer então que a lista das maiores enchentes e dos recordes de números de mortos e desabrigados constantes ali são só cenas para os próximos capítulos? Assistiremos a novos deslizamentos, mais mortos, mais desabrigados, ano após ano, tudo porque políticos não cumprem seu dever em posto público?!? Estou de luto interno pelos seres humanos que são movidos pela força do dinheiro, da ganância, do mal. Outra notícia bem triste aqui. Como será que essas pessoas se vêem no espelho? O que será que elas vêem, quando olham para o espelho? Como será que elas se sentem quando fecham os olhos e tentam pegar no sono à noite?

Fonte: Reportagem do Estadão de 18.01.2011, outra reportagem do mesmo jornal de 17.01.2011.

::Simple Diary – um diário simples de felicidades::

18/01/2011

Eu tenho um livrinho amarelo que troquei na Feira de Livros de Frankfurt por um livro meu, direto num estande, que recomendo mais uma vez pra todo mundo. Trata-se do “Keel’s Simple Diary”, um livro cheio de frases começadas, convidativo para anotar bons momentos. Acabo de fazer uma anotação lá, que refere-se toda ao Daniel, meu filho. Ele se desenvolveu muito nos últimos dias e me encheu de felicidade! No sábado, enquanto eu fazia faxina no apartamento, ele começou a pintar aquarelas e, ao receber elogios meus, continuou pintando e pintando. Fez mais de 10 pinturas, cada uma mais bonita e colorida do que a outra. Quando o pai e a irmã chegaram da loja, ele estava todo cheio de si e mostrou suas “obras primas” para o restante da família. Neste mesmo dia, o Matthias brincou com ele, perguntando se ele achava que deveria ser trocado por outra criança ou se estava feliz na nossa família. Ele respondeu que sim, estava feliz. E que se o Matthias o quisesse trocar, deveria comprar uma criança nova. O Matthias, que adora boas respostas, não conseguia parar de rir, enquanto o Daniel exclamava: “Eu não sei do que vocês estão rindo. Eu não achei graça nenhuma!”. Esta passagem, contada em português, pode não soar legal nem tampouco engraçada em português, pois o humor alemão é muito diferente do nosso. Mas eu, que tantos anos depois entendo um pouquinho do humor daqui, também não consegui me segurar com as respostas do Daniel e dei boas risadas! 🙂 Na semana passada a minha vizinha, casada com um português, veio me visitar e perguntar se o Daniel queria ir a aulas de português (de Portugal) com o filho dela. O pai os levaria e eu os buscaria. Gostei da ideia, mas fiquei um pouco receosa se seria mesmo uma boa pro Daniel, uma vez que ele tem dificuldade exatamente na fala, e se seria bom misturar os dois idiomas no aprendizado da escrita. Decidi que iria tentar uma vez, e esperar por sua reação, pois sou da opinião de que o melhor momento para aprender algo, é quando queremos aprender. Qual não foi minha felicidade ao ir buscá-los hoje na aula (que é mantida pelo governo português aqui na minha região, dado o grande número de imigrantes portugueses), e ver que ele tinha feito aproximadamente umas 10 folhas de atividades, envolvendo letras e quantidades, tendo desenhado e colorido muito! Ganhei mesmo meu dia, e estes momentos felizes já foram devidamente anotados no meu livrinho amarelo, que já tenho há mais de um ano e já tem algumas páginas preenchidas por mim, repletas de bons momentos. 🙂

::Domingo de neblina forte::

16/01/2011

A Taísa me pediu pra levá-la na casa de uma amiga. O gatinho da amiga morreu ontem à noite, ela está inconsolável e ainda tem que preparar uma tradução do inglês pro alemão pra escola e precisa da ajuda da minha filha.

No caminho, brinquei com minha filha e disse que na realidade quem tinha que ser levada e buscada lá pra casa seria a amiga e não ela, pois é ela que precisa da Taísa, e não o contrário. Mas os pais desta amiguinha da Taísa são meio complicados e não a ajudam em muita coisa, o gatinho dela morreu, eu gosto muito dela… Então saí de casa, no meio de uma neblina sem visão nenhuma a mais de 10 metros de distância, pra levá-la de carro na casa da amiga do outro lado da cidade. Que presente! Ao sair, o sol era uma bola branca, escondida por trás da neblina que envolve no momento a região do Lago de Constança. Um pouco mais a frente, vi o céu azulzinho despontando do lado direito, oposto ao lago. No caminho, eu e a Taísa conversamos sobre animais. Ela disse que imagina que vai chorar muito mais do que sua amiga quando o Tigre nos deixar. Eu disse que o Tigre (ou Tigger, seu nome em alemão, nosso gatinho) me ensinou muita coisa, dentre elas que um animal é sim tão importante quanto um ser humano, o que pra mim, fruto da minha educação no Brasil, antes dele não era verdade. A Taísa comentou que pra ela vale o que o filme “Marley & Eu” mostra: que os bichos amam sem esperar nada em troca, sem analisar antes se a pessoa é ou não digna de seu amor, independente da condição social, roupas, atitudes, etc. Ela concluiu que vendo-se por este lado, um animal é mais até do que um ser humano, porque somos cheios de preconceitos. Meus olhos se encheram d’água com este comentário dela!

Ao voltar pra casa, fiz o que sempre gosto de fazer: me deixar levar pela minha vontade do momento, e voltei por um caminho que não era o principal, na expectativa de conseguir sair um pouquinho da neblina. Alguns metros à frente, a surpresa: sol por todo lado, céu azul, lua brilhando do outro lado. Pensei, feliz, em como a vida e a natureza se misturam: quando menos esperamos, e muitas vezes se mudarmos só um pouquinho de perspectiva, sairmos da “fumaça” do momento e já teremos uma outra perspectiva, muitas vezes até 100% diferente da anterior.

Cheguei em casa feliz. Às vezes, quando pensamos que estamos ajudando outras pessoas, estamos muitas vezes fazendo algo de bom para nós mesmos.

P.S.-Por “acaso”, este e este foram os textos que li ao fechar meu blog, logo depois de ter escrito este texto. Bom domingo!

::Recomende o livro da Mineirinha::

16/01/2011

Acabo de achar uma maneira simpática de integrar meu livro no Facebook, Twitter, etc. Clique aqui e, se gostar, recomende. A Mineirinha agradece! 🙂

::Série de vídeos sobre a geração de 30 anos na Alemanha::

15/01/2011

Achei também na página da “Der Spiegel” uma série de vídeos que mostra vários alemães na faixa de 30 anos e mostra como eles são, o que pensam, o que os diferencia da vida dos pais, quais são seus medos com relação ao futuro.

Dentre os entrevistados, as mulheres entrevistadas sao bastante diversificadas e dão uma boa orientação quanto a como vive uma mulher jovem na Alemanha atual. Em geral, hoje em dia, elas querem ter sucesso na profissão e construir uma família, mas sentem-se divididas entre tantas responsabilidades, muitas vezes conflitantes. Os filhos acabam chegando bem mais tarde, muito depois dos 30, principalmente porque elas querem alcançar muito antes de se tornarem mães e porque nem toda cidade tem um apoio bom para as famílias, por exemplo com creches e escolas de período integral.

Os jovens vivem bem mais livres, sao mais abertos, aceitam melhor as mudanças e sabem que a vida nao será como a dos pais, que aprenderam uma profissão e ficaram nela, muitas vezes até na mesma empresa, até a aposentadoria. A vida globalizada de hoje exige muita capacidade de adaptação, flexibilidade para acompanhar as mudanças rasantes, nao só tecnológicas, e uma abertura para o futuro, que muitas vezes não vai ser tal como planejado.


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