Archive for janeiro \30\+01:00 2014

::Apresentando… Mais um escritor na família!::

30/01/2014

Gente! E não e que meu tio me surpreende com um convite para participar do lançamento do seu livro? Fiquei felicissima por ele! Tio Miranda, bem-vindo ao grupo dos escritores da família! Vou querer um exemplar autografado, viu? 🙂

Aqui os detalhes do lançamento:

“AS AVENTURAS DO MIRANDINHA”, de Antonio Rocha Miranda.

“Quantas vezes você já escapou da morte iminente? Já pensou em abrir seu primeiro empreendimento com 6 anos de idade? Poderia voar caso se visse entre uma espingarda e uma cerca de chuchus? O que faria se alguém lhe acusasse de um furto que não cometeu? Como voltar para casa sem a roupa do corpo, que um guarda levou para a delegacia?
Ufa! Parece muito aperto para uma pessoa só, mas é apenas uma pitada das aventuras pelas quais Mirandinha atravessa buscando ser alguém na vida.
Será que ele vai conseguir chegar lá?
Você é o convidado especial de Mirandinha para percorrerem juntos inúmeras peripécias e façanhas ao longo da infância e adolescência desse personagem, que é totalmente real, fruto de uma biografia que virou livro.”

Lançamento: 08/02/14 de 10:00 às 13:00 horas
Local: Biblioteca Infantil e Juvenil de Belo Horizonte
Endereço: Rua Carangola, 288 – 30330-240 Belo Horizonte-MG

Se estiverem em Beagá, não deixem de prestigiá-lo! Vai valer com certeza a pena!!!! 🙂

::Oferta imbatível Amsterdam-Natal::

30/01/2014

Tá pra nascer uma oferta mais em conta do que esta: 9 dias em Natal (hotel de 4 estrelas) com voo de Amsterdam incluído. Dá pra acreditar? Confira aqui.

::W. O. Götz::

27/01/2014

Fiquei conhecendo o artista agora há pouco e ele está prestes a fazer 100 anos, cego há 3 anos, agnóstico, defensor da liberdade, amante de arte rápida e certeira. Curta comigo as várias fases do artista W. O. Götz aqui.

::Agora::

26/01/2014

Até ter visto o filme Agora (“Alexandria” no Brasil) me era desconhecido o fato de que mulheres tinham o direito de pensar na Antigüidade. Com o filme, conheci a história real da filósofa, professora, matemática e astrônoma grega Hypatia, que viveu de 355 a 415 D.C. na Alexandria e foi morta por não ter concordado se converter ao Cristianismo, acusada de ateísmo e bruxaria, vítima de um golpe político onde não era a peça principal.

A quantas mulheres ao longo da História foi tirado o direito de pensar? Por quantos anos a mulher teve que se reduzir na sociedade até atingir novamente voz ativa? Qual é o verdadeiro papel feminino na História? Em inglês, uma colega de trabalho me disse que a História oficialmente contada encobre a parte feminina por se tratar de HIStory e não de HERstory.

Se eu tivesse que fingir ser homem como na história do livro “A Papisa” ou se tivesse que dar minha vida pela liberdade do pensamento, como no caso da Hypatia, eu daria. Felizmente nasci num século onde este não é o caso. Em que lugar da Bíblia constam as partes que descrevem o suposto papel de coadjuvante da mulher no Cristianismo?

20140126-005400.jpg

::Somos gelo desprendido de um iceberg::

25/01/2014

Como tenho orgulho de ter tido a oportunidade de bater papo com um escritor “de verdade”! Foi a pura simpatia de conterrânea, além do orgulho de suas palavras certeiras no discurso da última Feira do Livro de Frankfurt, que me fizeram reconhecer o Luiz Ruffato no meio da multidão da feira e me permitiram elogiá-lo frente à frente.

Como se não bastasse aquela alegria, ele continua me brindando com textos cada vez mais lindos, publicados no jornal El País, desta vez sobre algo que nos permeia, a morte. Lindas que para mim se apresentam muito harmônicas e tão bem escolhidas como numa boa música:

Somos a ponta de um iceberg – Luiz Ruffato

Para Q., onde estiver.

Por volta de duas horas da manhã entreabri a cortina do ônibus-leito em que viajava de Juiz de Fora para São Paulo e me deparei com a lua, linda em sua palidez, banhando as montanhas que cercam a estrada sinuosa. Havia expendido o fim de semana em intensas conversas com meu amigo, o excelente poeta Iacyr Anderson Freitas, conversas que ainda reverberavam em minha consciência e não me deixavam dormir. Fechei a cortina, apenas o barulho monótono do motor acompanhava a solidão imensa que abraça a noite dos insones.

Lembrei então de quando tinha dezesseis anos e acabara de receber o diploma de torneiro-mecânico, emitido pelo Senai. Dezembro agonizava e eu trepidava atônito sobre minha bicicleta pelos paralelepípedos que forram as ruas de Cataguases. Intuía que algo definitivo ocorrera, mas não percebia que meu corpo frágil se desprendera da casa de meus pais e que, em breve, estaria boiando solto por um mar desconhecido e perigoso, ao sabor dos ventos e das ondas. Não era angústia ainda que corria em minhas veias, mas um difuso temor frente à enormidade do mundo.

No dia 31 de dezembro, fim de tarde, me encontrei com Marquinho “Taioba” e Jorginho “Peito-de-Pombo” na Praça Rui Barbosa, e juntos concluímos que, para crescer, precisávamos com urgência ir embora da cidade. E marcamos nossa viagem para daí a seis dias, uma viagem que, começando em Juiz de Fora, me levaria cada vez mais para longe de mim. Eu me sentei, então, sozinho, no banco de pastilhas brancas, próximo ao coreto modernista, mirei as sibipurunas que alardeiam pardais, aspirei o ar verde e quente do lusco-fusco, apertei com força o pacote vazio de pipoca, e acompanhei, com melancólico arrebatamento, o footing dos rapazes e moças que nada sabiam da conspiração do tempo. (Muitos anos depois descobriria a tradução daquele sentimento na Canción para Carito, interpretada por Mercedes Sosa, que tem, entre outros versos, esses: “Em Buenos Aires los zapatos son modernos / pero no lucen como en una plaza de un pueblo”).

Quando voltei para casa naquele dia, bêbado de tristeza, minha mãe, como sempre acordada, levantou-se e perguntou se queria que preparasse algo para comer. Respondi que não e falei, Mãe, vou embora daqui a seis dias. Vou procurar trabalho em Juiz de Fora. Ela, depositando na parede descascada os olhos dilacerados, comentou, Vai, sim, meu amor, você tem que ir. E saiu para o quintal. Fui atrás dela e não a identifiquei de imediato, mergulhada na noite sem lua. Mas um relâmpago, distante, iluminou debilmente sua silhueta magra. A mesma silhueta que de súbito ardeu minha memória imersa na escuridão do ônibus.

Em todas as ocasiões que a vida se entremostra mais incompreensível que o normal – porque a vida é naturalmente incompreensível –, evoco minha mãe, com quem compartilhava dúvidas, inquietudes, decepções. Sinto necessidade de pegar o telefone e ligar para ela, mas então me recordo de que essa é uma atitude inútil, ela está morta há mais de doze anos. Como morta agora também está Q., que visitei pela última vez num outro dezembro, separado no tempo por mais de três décadas. Deitada em seu quarto flutuando na tarde luminosa do verão portoalegrense, incomodada por dores imensas, Q. ainda achava lugar para comentar, com frases epigramáticas e categóricas, os assuntos em pauta. Frente à iminência do fim, ela, de tudo incrédula, desafiava com altivez o infinito ignorado.

A única certeza indiscutível com a qual podemos lidar é a de que vamos todos morrer um dia, pois somos seres para a morte, ao nascer começamos a morrer. Mas é também verdade que, paradoxalmente, nossa vida só se completa no fim, ou seja, somente com o advento da morte nos tornamos uma história individual no tempo. A morte de Q. se junta a várias outras minhas mortes, ausências que corroem meus dias e minhas noites. Não pude, como queria, comparecer à cerimônia de sua cremação. Por isso, deixo aqui, neste breve espaço, minha homenagem, modesta, mas sincera, de alguém que ainda trepida atônito sobre uma bicicleta pelos paralelepípedos que forram as ruas do mundo.

Coluna da semana no El País, 22/01/14.

::Canhotos na Alemanha::

19/01/2014

Sou canhota, e acho interessante o fato de que canhotos alemães na década de 70 ainda recebiam, em parte, a proibição de usar a mão esquerda para escrever. Eles eram obrigados a escrever com a mão “certa”, a direita. No Brasil, uma geração anterior à minha já tinha descoberto que canhoto tem que ser incentivado a escrever com a mão esquerda pra evitar problemas de orientação (confundir esquerda com direita, norte com sul, etc.).

E por falar em problemas de orientação, cresci achando que talvez por eu ser canhota eu os tinha, depois descobri que muitas pessoas, a maioria mulheres, os tem também e mais tarde descobri que muitos homens vêm ao mundo praticamente com um “GPS implantado” na cabeça deles, tornando muito mais fácil a orientação espacial.

::Piadinha de mineiro::

14/01/2014

Enviada pela minha querida Chris:

No hospital psiquiátrico estão internados 3 paulistas e um mineiro. o primeiro paulista diz:” eu sou riquíssimo, vou comprar o Citybank!”.. ao que o segundo paulista retruca :” sou mais rico ainda e quero comprar as ilhas Caimãs!”… o terceiro paulista então:” mas rico como eu, você não é: quero comprar a Microsoft!”. O mineiro pensa, pensa e diz:”não vendo!” :)))

::Belo Horizonte – uma foto por dia::

12/01/2014

Adorei este projeto, que divulga por dia uma foto da minha cidade natal, Beagá. Confira aqui.

::Não visite Inhotim, SINTA Inhotim!::

11/01/2014

Ainda não conheço Inhotim, que fica bem pertinho de Belzonte… mas a Maira, do blog Retratos e Relatos, foi lá pra conferir e voltou com histórias e fotos fantásticas! Fiquei com vontade de ir pra lá agora mesmo! Confira você mesmo aqui.

::Pesquisa aponta a Alemanha como o país mais popular do mundo::

11/01/2014

A parte mais interessante do artigo da DW, onde a Alemanha aparece em primeira e o Brasil em sétima colocação no mundo:

“A boa imagem (dos alemães) também se deve, certamente, ao fato de nós mesmos não termos mais uma relação confusa com o nosso próprio país e nossa sociedade. E quem gosta de si mesmo também é apreciado pelos outros”, explicou Block.

No entanto, essa visão positiva do próprio país continua sendo difícil para muita gente. De acordo com uma pesquisa da Universidade de Colônia, os alemães são muito autocríticos. Embora eles tenham orgulho de ser renanos ou bávaros, eles ainda têm problemas em ser alemães. Assim, muitos concordaram com a afirmação: “Estrangeiros têm muitas qualidades positivas que nos faltam.”

Em 2007, o escritor norte-americano Eric T. Hansen escreveu em seu livro Planet Germany. Eine Expedition in die Heimat des Hawaii-Toasts (“Planeta Alemanha. Uma expedição à terra da torrada Havaí”, em tradução livre): “Os alemães não sabem quem são. Quando eles voltam os olhos para si, veem um povinho provinciano que é criticado por todos. Eu vejo uma enorme potência econômica respeitada no mundo inteiro”, afirmou o escritor”.

E agora que você sabe que vale a pena ler, aqui está o artigo completo. Boa leitura! 😉

Fonte: Artigo da Deutsche Welle de 26/05/13.


%d blogueiros gostam disto: