Archive for the ‘Fotografia’ Category

::Dois anos de pandemia – e por onde anda a fé na humanidade?::

21/02/2022

Já estamos metidos nesta lenga-lenga há dois anos, e a capacidade comercial e mercantilista do ser humano o fez capaz de criar máscaras de luxo, perceber que oferecer testes de COVID dá dinheiro… O ser humano capitalista sempre acha um novo método de como fazer dinheiro. 

Enquanto isso, as tragédias não querem cessar, enquanto a natureza continua avisando que a estamos destruindo e ela joga fogo, ar (ventos fortes, furacões), água, todos os elementos nos são devolvidos, um após o outro, para que talvez consigamos perceber que CHEGA, que temos que implementar medidas imediatas para nos salvar, para salvar nosso planeta, se quisermos que ele continue a ser a casa das próximas gerações. 

A mesquinhez do ser humano potente e louco pelo poder não deixa por menos e coloca o mundo mais uma vez à beira de uma guerra imbecil, inútil, desnecessária. Cá estamos nós, em pleno fevereiro de 2022, como se nunca tivéssemos passado por tanta tragédia, discutindo sai dia, entra dia, sobre o perigo eminente de uma guerra entre o ocidente e a Rússia ante uma possível invasão da Ucrânia. Me poupem, eu quero descer!… Por outro lado, vemos a mesquinhez individual correr também solta nos exemplos do Tinder Swindler e da Anna russo-alemã que passou a perna em toda a high society de Manhattan enquanto eles tinham como objetivo mera e simplesmente aumentar sua própria riqueza e campo de influência. 

Mas enquanto tudo parece mais o fim de um mundo que talvez não nos mereça, eu busco luz. Luz nos encontros possíveis do dia a dia. Luz nas trocas dignas de irmãs que vêem o massacre nu e cru de um Brasil machista e desigual, mas não o aceitam. Mesmo tendo ficado boquiaberta com um estudo da Universidade de Brasília sobre grupos masculinos durante a pandemia, sobre quais mensagens muitos homens brasileiros trocaram durante meses na pandemia, eu passo pela nojeira do artigo, ainda que necessário, e me vejo discutindo com mulheres que querem crescer e ajudar outras a crescer, a ocupar seus espaços, a se abraçar enquanto pessoas, com todas as suas partes e verdades que elas levam consigo: gorduras, rugas, cabelos brancos, celulites, tudo e mais um pouco com o que elas se preocupam, levando em conta também que muitas outras estão lutando lutas bem mais duras como a da pobreza, da doença, da saúde física e mental debilitadas. Elas buscam por qualidade de vida, e se voltam para si – interessante quando vejo em um grupo de homens o movimento inverso, que não se voltam para si, mas contra as mulheres. Parece que ainda vale a pena atacá-las, então?

Parece que sim, vale sim. Ainda que cumpramos muito mal o nosso papel de nos representar, de nos solidarizar, de manter nossa bandeira bem no alto, mas ainda assim incomodamos, ainda mais durante a pandemia. Mesmo que durante a pandemia tenhamos conseguido dar muitos passos para trás, porque a pobreza da mulher aumentou, muitas mulheres estão pedindo para reduzir seu horário de trabalho para dar conta dos afazeres pandêmicos que incluem casa e filhos estudando em casa, e enquanto muitas meninas não voltam para as escolas simplesmente porque enquanto estavam em casa durante a pandemia foram casadas por seus pais, e agora se ausentarão para sempre das aulas. Tarde demais para elas, infelizmente. 

No meio desta lama, continuamente à procura de luz, eis que anuncio três ou quatro possibilidades encontradas com muita dificuldade durante a pandemia, umas por acaso, outras fruto de muita pesquisa e planejamento, outras por investimento puro e simples, o de respirar e fechar os olhos. Vejamos:

  1. Fechar os olhos, respirar e buscar o meu mundo interior foi uma das melhores atividades até agora durante a pandemia. Ainda que eu reconheça que o simples ato descrito anteriormente nem sempre – ou quase nunca – faça com que eu consiga visitar meu mundo interior, pelo menos – e que maravilha poder dizer isso! – agora eu tenho um, só meu. Lá sempre faz sol! Já o visitei com riqueza de detalhes. Mas continuo explorando, sempre quando minha inquietude deixa. 
  2. Viajar nunca foi tão essencial quanto é agora. Dar aos olhos o presente de ver coisas diferentes, respirar outros ares e encher a memória de outra coisa que não seja os detalhes das nossas quatro paredes se tornou algo essencial, ainda que muito mais caro, capitalismo, pandemia e inflação que o diga! Ainda assim, repito. Essencial!
  3. Ter fé também é imperativo. Tento intercalar a avalanche de notícias ruins com coisas, conversas, exemplos, livros bons! Um deles, indico em alto e bom som, o documentário 2040 na Netflix. Que todos, principalmente os mais jovens o vejam, pois o mundo precisa de mais fé e esperança, não só no que pode vir, mas acima de tudo naquilo que já existe e está sendo feito HOJE de bom no mundo.
  4. Completando um ano de lançamento do meu último livro, o HERstory, continuo na reflexão de como nós mulheres não conhecemos a nossa própria HERstória, como muitas de nós tem vergonha de dizer que sim, somos feministas, não porque somos contra os homens, mas sim porque queremos andar lado a lado com eles na construção de um muito mais justo, solidário e igualitário para ambos. Neste sentido, indico um documentário que acabei de achar por acaso também no Netflix, durante o qual aprendi muito e, munida do gás que ele me deu, escrevi estas linhas – deixei passar muito tempo sem escrever!… Se você, homem ou mulher, jovem ou velho, não importa quem seja, se estiver com tempo e não tiver nada urgente para fazer na próxima hora que segue, sugiro: largue tudo, aperte o botão e assista este documentário histórico das lutas femininas que é o Feministinnen: was haben sie sich gedacht? (Feministas: o que elas estavam pensando?). Da cineasta independente americana Johanna Demetrakas. O documentário é de 2018, mas é como se tivesse sido feito ontem. No meio do documentário aliás uma mulher se pergunta por que ainda tem que ir às ruas para protestar pelas mesmas coisas sobre as quais já tinha protestado há anos junto de sua mãe.
  5. A lista poderia ser interminável e é por isso que eu peço as suas dicas para se manter lúcido e vivo. Obrigada pelos comentários!

P.S.-Se houver algo que você goste muito de fazer como no meu caso com relação à escrita, não fique meses a fio sem praticar. Isso desconecta neurônios… Passei pelo menos o mesmo tempo escrevendo quanto procurando uma maneira de acessar meu blog. Enfim…

::Viajando de trem pela Floresta Negra::

05/10/2016

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Se você nunca tiver feito essa viagem, não deixe de fazê-la o quanto antes: pegue um trem no extremo sul da Alemanha, por exemplo na região do Lago de Constança, e vá até Offenburg, na fronteira com a França, bem pertinho de Strassburgo.

É uma viagem inesquecível! Você vai passar por 33 túneis, entender por que a Floresta Negra tem esse nome (devido à densidade de árvores umas perto das outras, a floresta fica mesmo negra), além de admirar as paisagens, cidadezinhas e arquitetura da região.

Em maio, o verde já está radiante. Em dezembro, de preferência com neve, é como se vc estivesse em um conto de fadas, tudo branquinho à sua volta, paz total. Vai passar pela cidade cuja estação de trem é a mais alta da Alemanha (St. Georgen, que fica a 899 metros acima do nível do mar) e se admirar com a quantidade de placas solares que povoam os detalhes ígremes da região. Vai se admirar com castelos no alto das montanhas (a primeira coisa que me deixou boquiaberta quando cheguei na Alemanha). Vai passar por lindas planilhas e depois se perguntar como foi que se animaram a construir cidades nos vales mais profundos da floresta, se expandindo montanha acima.

É realmente um verdadeiro espetáculo para os olhos! Vale super a pena e é uma das minhas viagens favoritas. Fica a dica!

::Dia Internacional da Mulher::

07/03/2016

Amanhã é o Dia Internacional da Mulher e muitos dirão que uma data comemorativa como essa já está ultrapassada, mas é aí que muitos se enganam.

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Talvez digamos isso porque não temos consciência completa de que só existe data comemorativa para minorias, e somos claramente uma delas. Apesar de já representarmos na atualidade mais da metade das pessoas que frequentam uma universidade, seja em curso de bacharelado, mestrado ou doutorado, não formamos nem 15% do grupo de liderança das empresas, mesmo que vários estudos já tenham provado e todos saibam que empresas diversas, com mais de 30% de mulheres ocupando cargos de liderança, tendem a ter mais sucesso.

Eu era contras as quotas de toda e qualquer espécie, contra as quotas que foram adotadas no Brasil para a entrada na universidade, e apesar de adotar uma posição feminista, também era contra as quotas que estão sendo discutidas e adotadas aqui na Europa com relação à mulher em cargo de liderança para empresas de capital aberto. Isso porque eu busco Justiça, trabalho na área de recrutamento e seleção e sempre fui a favor de que o melhor candidato ocupe uma vaga em aberto, seja ele homem ou mulher. Esta foi a minha postura até o dia em que troquei ideias com um colega de trabalho, que já acompanha há 30 anos as discussões acerca da mulher no mundo dos negócios e diz que já está cansado de presenciar tanta discussão e tão pouca ação. Ele é a favor das quotas por um determinado período de tempo, pois só uma medida drástica como essa poderá modificar o cenário existente onde as mulheres são responsáveis por 70% das decisões de compra, mas ocupam a maioria dos cargos com menor poder de decisão e chegam a ganhar menos pelo mesmo trabalho desempenhado por um homem. Enquanto nos esforçamos em ser boas funcionárias e em agradar a chefia, admitindo honestamente o que sabemos e o que não sabemos numa entrevista de emprego, muitos homens estão ocupados se catapultando ou se mantendo no auge do poder, mantendo o estatus quo que tão bem conhecemos.

the-intern-200x300Nós, mulheres, temos ainda um defeito horrível de procurar sempre em nós a culpa para tudo o que não anda bem. Como no caso da personagem Jules Ostin do filme “Um Senhor Estagiário” (The Intern), que apesar de ter sucesso como CEO de uma start-up de moda e driblar seus dias entre o sono, escritório, trabalho em casa e os papeis de profissional, esposa e mãe, se dá toda a culpa e começa a buscar um sucessor, propondo-se a se desligar em parte de seu grande sonho e do sucesso empresarial conquistado, quando descobre que o marido a está traindo. Sugiro que o filme seja visto pelo maior número possível de mulheres, pois precisamos de mulheres neste mundo que admitam ter sonhos e que lutem por eles, que não se escondam atrás deles ou o escondam debaixo dos cobertores, se fazendo menores do que são. Precisamos de investir um tempo revendo o que já conquistamos nas últimas décadas mas também precisamos de coragem pra abrir a boca quando algo não vai bem, dentro ou fora do ambiente de trabalho. O preconceito, as tramas do poder, os comentários maliciosos, as “chegadas pra lá” não são uma exceção e não vão parar de existir só porque nós as ignorarmos. E, acima de tudo, temos que admitir que não somos nenhuma Mulher Maravilha, mas sim pessoas de carne e osso com muitos erros e limitações. Não podemos querer ser perfeitas e nos cobrar o impossível como mães, mulheres e profissionais, pois isso só nos levará à amargura. Precisamos dividir os fardos e os prazeres dentro e fora de casa. Que saibamos comemorar o Dia Internacional da Mulher e esperemos que um dia não exista razão para uma data comemorativa como essa, pois a mulher terá alcançado o espaço que lhe é de direito. Que tenhamos coragem pra sonhar… como eu sonhei, por exemplo, em um dia poder ver a Madonna, o Papa Francisco ou a Angela Merkel ao vivo e a cores, e que tenhamos fé, persistência e resiliência pra acreditar que nossos sonhos podem se tornar realidade. Eu, ainda que tenha que admitir que seja um tanto quanto teimosa e fora do normal, vi os três e quero continuar a sonhar.

P.S. – Dicas de mulher pra mulher:

MAKERS – The largest video collection of women´s histories

20 Inspiring TED Talks every woman should watch

Male Champions of Change

Se tiver dicas, deixe-as por favor nos comentários. Eu e as outras mulheres agradecemos!

P.S. 2 – Leia também aqui “Os direitos da mulher” e aqui “A Alemanha é uma sociedade machista?”

::Dropbox: dica pra guardar fotos e arquivos na internet::

09/08/2014

Quem vive neste mundo virtual de hoje em dia enfrenta um paradoxo: tem tudo às mãos, enquanto pode perder tudo em um piscar de olhos. A ideia do Dropbox está baseada exatamente em cima deste contraponto: tendo um backup de suas fotos e arquivos, o medo de perder tudo, como quase aconteceu comigo há umas semanas atrás, diminui bastante. Eu tenho este aplicativo como uma app no meu celular e através dela, todas as fotos que tiro são copiadas pra minha conta na internet. Garanta seu espaço (gratis) aqui.

::Reportagens de uma jornalista alemã em Minas::

02/12/2013

E sobre o que escreveria uma jornalista alemã, se ela fosse morar em Minas? O que ela haveria de mostrar do nosso Brasil? Mate sua curiosidade aqui.

Brasilien ist spannend, lebendig, offen, verwirrend und genial. Preciso voltar!“
Verena Rateike

Minha tradução livre: O Brasil é super interessante, cheio de vida, aberto, louco e genial. Preciso voltar!

::Isso aqui também é Minas!::

26/01/2012

::21/12 – Calendário de advento da Mineirinha::

21/12/2011

Ufa!… Só mais um dia de trabalho e depois vou entrar de férias! 🙂

Aqui uma amostra de fotos representativas do ano de 2011, tiradas por pessoas de 125 países diferentes. Espero que gostem!

::Fotos maravilhosas do sul da Alemanha::

20/02/2011

Veja aqui, dentre outros, fotos lindas e vídeos em 360° do sul da Alemanha! Imperdível!!!

::Retratos da Égua::

07/04/2010

Égua! A Ciça me pregou a maior peça! Isso porque ela, minha ex-colega-colunista do site Viver na Alemanha, sempre foi tão inusitada, engraçada e irreverente que produziu textos bárbaros, capazes de achar seguidores de Belém à fronteira da França com a Alemanha, onde ela mora. Só por conta disso já tínhamos conversado sobre a possibilidade dela publicar seus escritos e virar oficialmente escritora.

Antes disso se tornar realidade, eu comecei a achar no blog dela umas fotos lindas, inusitadas, mostrando muito a sensibilidade da fotógrafa, enquanto eu perguntava a quantas andava o projeto do livro dela. Agora o mistério foi desvendado, porque ela virou fotógrafa profissional! Ela está com um site profissional lindo, apresentando fotos super legais de festividades, momentos marcantes, famílias e crianças. Se você está buscando aqui na Alemanha ou na França alguém que fale nossa língua e consiga transmitir muita energia e sensibilidade em fotos, não deixe de visitar a Ciça. Eu recomendo!

::Click e Schmap!::

13/11/2009

Uma empresa chamada Schmap me escreveu por e-mail perguntando se podia usar esta foto daqui no próximo guia deles sobre Frankfurt. Dei uma passada lá na página da tal empresa e descobri que fazem guias turísticos de vários países do mundo (online e para download grátis) em alemão, espanhol, inglês, francês, italiano e mais duas línguas asiáticas que não consegui identificar (só de curiosidade, quem sabe quais são elas?).

Daqui da Alemanha, há guias online para as seguintes cidades: Berlin, Bonn, Düsseldorf, Frankfurt, Köln (Colônia) e München (Munique). Eles ainda oferecem várias outras aplicações para celulares (p.ex. mapas turísticos) e até widgets para blogs! Muito legal! Mas eu não achei nada de especial na foto e nem sei o que viram nela, mesmo assim valeu por ter ficado sabendo da existência da Schmap.


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