Brasil Alemanha Estudar e Trabalhar na Alemanha Viver como brasileira na Alemanha mulher mineira mineirinha Beagá Belo Horizonte no exterior expatriada emigrante imigrante estrangeira
Que isto sirva de um grandeALERTAparaTODOS OS BRASILEIROS,VOTAR CERTOé questão de VIDA ou morte Lembrem-se: votar é um ato democrático e votar bem ajuda, em muito! Li o texto abaixo pro meu marido (distribuído dentro da onda dos fake news no Brasil), que não contém NENHUMA parte verdadeira a não ser o vídeo da BBC que o acompanha, e ele comentou que 6 mil alemães em uma população de mais de 80 milhões não dá nem pra fazer com que a Alemanha perceba que esses se foram…
Segue o texto para o seu espanto:
Mais de 6 mil alemães fugindo do socialismo na Alemanha 🇩🇪, indo para o Paraguai!!🇵🇾. Embora a repórter seja tipicamente tendenciosa como de praxe da BBC,este documentário é excelente, mostra uma realidade que não ouvimos na mídia. MILHARES dealemães fugindo para o Paraguai para de 2020 para cá,deixando o conforto de um dos países mais ricos e modernos do mundo, largando suas vidas e mudando-se com suas famílias para o interior do Paraguai. O motivo??? LIBERDADE! ⚫ A perseguição sanitária implementada desde o advento do covid; ⚫ A invasão de imigrantes muçulmanos, que em sua maioria, desrespeitam às crenças e regras do povo alemão; ⚫ As medidas DITATORIAIS por parte dos governantes cada vez mais intensas desrespeitando as liberdades individuais dos alemães; ⚫ E, o aumento desenfreado da violência às mulheres alemãs como estupros praticados por imigrantes e as invasões às propriedades rurais dos alemães sem qualquer punição e combate. São alguns dos principais motivos pelos quais os alemães, de todas as idades, estão deixando seus empregos e vidas em seu país e começando do ZERO na América do Sul. Que isto sirva de um grandeALERTAparaTODOS OS BRASILEIROS,VOTAR CERTOé questão de VIDA ou morte,para que num futuro próximo não estejamos na mesma situação que os alemães,o mundo está caminhando mal e nós somos privilegiados em ter um Presidente chamado Jair Messias Bolsonaro cuidando do nosso Brasil?
Pronto, o texto doido chegou finalmente ao final!… A usina de fake news do Brasil, fruto do desgoverno atual, é uma piada!…
Hoje num grupo de WhatsApp um amigo disse que já disse “eu kommo” (já venho) pensando em alemão.
Mas todos nós falamos coisas estranhas, tipo “estou no balcão“ ao invés de varanda, quero cortar meu cabelo “em estufas“ ao invés de repicado, “demonstração“ ao invés de manifestação e por aí vai. 😅
E você, o que já falou de muito esquisito misturando idiomas?
Continuo intrigada com a pergunta do meu poema de ontem sobre a reação masculina (de certa parte dos homens) com relação à mulher. Ela naturalmente não está só limitada às mídias sociais, este sentimento de desprezo e superioridade com relação às mulheres acontece muitas vezes dentro e fora da vida real.
Fiquei lembrando daquelas mil piadinhas sem graça que costumava ouvir durante a infância e a adolescência, que invariavelmente falavam mal de grupos considerados mais fracos como o das mulheres, e refletindo que muitas de nós aceita e deixa passar muita coisa porque não temos consciência da violência e do ataque, da verdadeira mensagem que está por trás da piada. E assim, aceitando uma piadinha aqui, outra piadinha ali, nossa consciência vai sendo formada ou até moldada.
Lendo sobre o chauvinismo, aprendi que ele surgiu na segunda metade do século XVIII, deriva de um soldado de Napoleão (Nicolas Chauvin) que demonstrou grande patriotismo, teve o sentido da palavra deturpado ao longo do tempo e pode ter hoje em dia, em resumo, os seguintes significados:
Opinião exacerbada, tendenciosa ou agressiva em favor de um país, grupo ou ideia;
Rejeição radical a contrários, desprezo às minorias, entusiasmo excessivo pelo que é nacional, e menosprezo sistemático pelo que é estrangeiro;
Chauvinismo masculino: denegrir, desprestigiar e paternalizar um determinado gênero por considerá-lo inferior ao outro, e, portanto, merecedor de um tratamento ou benefício inferior à igualdade
E a reação da mulher contra o ataque vindo do sexo oposto, qual deve ser, ou qual é? A comediante e escritora americana Ilana Glazer, que diz ter se tornado feminista nos anos 70 por não concordar com o chauvinismo masculino, pontua acertadamente que a melhoria das condições de vida das mulheres não pode e não deve significar algo negativo para os homens, mesmo que este desequilíbrio entre os gêneros já estivesse passando da hora de ser tratado. A resposta para o chauvinismo masculino não pode ser que estejamos contra os homens, mas deve estar baseada no respeito mútuo e no tratamento justo (equidade). Temos todos que ir juntos na construção de um mundo novo, que talvez desponte na era pós-pandemia, quem sabe… A esperança é a última que morre!
Pode achar estranho a princípio, mas a meu ver um mundo “ideal” poderia ser um onde existisse um alto nível de altruísmo, e onde as pessoas fizessem o máximo para alcançar, ao mesmo tempo, sua felicidade máxima individual.
E querer melhorar o mundo, sendo altruísta, pode ser egoísta ao mesmo tempo? A resposta é sim, pois quanto melhor os outros estiverem, melhor tenderemos a nos sentir. Se queremos buscar respostas para problemas comuns, vivendo em uma sociedade que tem maior capacidade de inovação, teremos mais recursos para tanto. Um exemplo imediato seria a crise atual do coronavírus, no caso da busca de vacinas e medicamentos. A busca por objetivos comuns se torna mais fácil se há mais pesquisadores trabalhando em conjunto, se há maior condição de desenvolvimento e teste de novos atenuantes para a pandemia. Isso explica até porque as vacinas puderam ser desenvolvidas em um prazo recorde de tempo: temos cooperação internacional, altos investimentos, alta demanda e muitos casos nos quais as vacinas estão podendo ser testadas com grande agilidade. Recomendo muito que assistam o vídeo abaixo que sustenta essas ideias:
Em um mundo positivo, quanto melhor as outras pessoas estiverem, melhor você mesmo estará. Há um ganho visível para todos quando mais pessoas tiverem acesso à educação, inovação e prosperidade.
O filósofo Ayn Rand, dentre tantos outros que tocou neste assunto, defendeu a ideia de que a única maneira de garantir a liberdade vivendo em sociedade é através do egoísmo ético, onde cada um procura agir segundo seus interesses individuais.
Cuidar bem de si, o que poderia ser visto como um ato egoísta mas na realidade é um ato de auto-compaixão, ao mesmo tempo em que cuidamos bem do outro também, é o que poderia ser denominado um egoísmo ético universal, pode fazer com que o mundo melhore para todos, pois afinal, estamos todos interligados, respiramos o mesmo ar e até agora ainda habitamos o mesmo planeta.
Independente do que cada um de nós acredita, se pensarmos em todos os tipos de religião, que afinal de contas são várias maneiras de tentar explicar a realidade invisível, vemos que a essência de todas elas busca o mesmo fim, tratar o outro como gostaríamos de ser tratados, amar e ser amado. Achei este artigo com um gráfico muito bom, na minha opinião, apresentando a essência de varias religiões.
E para fechar esta linha de pensamento do bem, como que “por acaso” acaba de cair nas minhas mãos este artigo afirmando que fazer o bem melhora sua genética e sua saúde. E já que chegamos ao fim da “volta ao mundo” no universo do pensamento, que invariavelmente chega aos assuntos relacionamento, tempo ou pandemia no meu grupo de desenvolvimento pessoal, aproveito para fechar com o melhor vídeo que já vi até agora explicando como o coronavírus atua quando entra no corpo de um ser humano. Vale a pena se informar! Nos comentários do YouTube alguém disse que aprendeu mais com este vídeo do que com todos os artigos e reportagens que já tinha lido e visto até o momento.
Boa semana para todos e se tiver mais alguma ideia sobre o assunto proposto, aguardo um comentário!
Como pode imaginar, muito do que toquei acima faz parte do meu novo livro, o HERstory – escreva a sua história! Para ver onde adquirir, visite a seção “Os livros e onde comprar“. Opiniões de leitores sobre o livro? Leia aqui.
O YouTube só serve pra perder-se tempo, certo? Bom, depende do que você fica fazendo quando se perde por lá. Meu filho descobriu um canal no YouTube que é tudo de bom! Ele é feito pela universidade de Munique, é bem didático e aumenta muito, muito os seus conhecimentos! Um exemplo? Dê uma olhada nesse aqui.
Estou fazendo questão de traduzir essa carta que foi colocada em um prédio em Norwich, a 160 Km de Londres, para deixar aqui registrado um exemplo do que o medo irracional, uma visão muito curta da vida e do mundo e um amontoado de preconceito podem fazer com uma pessoa… E dá pra imaginar o que acontece quando essa pessoa se junta a outras e juntas elas viram um grupo na sociedade, né? Infelizmente, o mundo está cheio desses grupos por aí!…
Eis aqui a carta que quero guardar para a posteridade, também em português:
Happy Brexit Day – Feliz Dia do Brexit
Já que finalmente tomamos nosso país maravilhoso de volta pra nós, sentimos que há uma regra que deve ser dita em alto e bom som para os residentes da Torre de Winchester.
Não toleramos pessoas falando outros idiomas diferentes do inglês nos apartamentos.
Agora que somos nosso país de novo, o inglês da rainha é o idioma falado aqui.
Se você quer falar outro idioma que seja a língua pátria do país de onde você veio, sugerimos que você volte para aquele lugar e retorne o apartamento para a prefeitura para que ingleses morem aqui e voltaremos ao que era normalidade antes de você ter infectado essa ilha que um dia foi uma grande ilha.
É uma opção muito simples: siga a regra da maioridade ou nos deixe.
Não lhe restará muito tempo até que o nosso governo implemente regras que vão colocar o povo inglês à frente. Então é melhor que você se desenvolva, ou deixe-nos.
Que Deus salve a rainha, seu governo e toda a verdade.
°°°
A parte melhor ficou com alguém que corrigiu o texto acima, que estava cheio de erros de inglês, e pediu pra pessoa explicar direito de que forma exatamente a Inglaterra estava sendo infectada por estrangeiros. Além disso, a pessoa pontuou, acertadamente: „Quem é você que assina como a maioria e como “nós”, mas não coloca o seu nome no final da carta? Onde estão os seus dados para contato?
Fiquei sabendo dessa resposta graças à Ute Ritter. Obrigada, Ute!
Fontes: aqui o artigo com a carta original e aqui o artigo com a resposta à carta original.
Tinha muito
tempo que não conversavam comigo daquele jeito. A primeira vez tinha sido nos
meus primeiros anos de Alemanha, quando uma vizinha desceu pra avisar que iria
fazer esporte no apartamento acima do meu e que ela esperava que não fosse incomodar.
Gentil, se não tivesse sido o fato dela usar, literalmente, caras e bocas, isto
é, muitos gestos e um alemão bem quebrado pra se comunicar comigo. Fiquei
estupefata e não consegui reagir.
A segunda vez foi quando eu estava numa feira pública em busca de Schalotte, um tipo especial de cebola que eu nunca tinha visto antes. Perguntei pra feirista se aquele era o tipo de cebola que eu buscava e ela começou a responder algo como „não, isso não ser Schalotte, isso ser…“ ao que eu respondi que ela podia conversar normalmente comigo, porque a entendia perfeitamente, mas só não conhecia o tipo de cebola que estava buscando… Desta vez, quem ficou estupefata foi ela.
Os anos se
passaram e depois de mais de 26 anos de Alemanha, essas lembranças ficaram
presas ao passado.
Eis que
hoje de manhã um senhor, com quem espero ônibus no mesmo ponto, me pára no meio
do caminho para o trem dizendo e gesticulando „ônibus, aqui, parar“ e eu não tive outra reação a não ser chamar à memória os
casos que contei acima e conversar com ele normalmente. Depois de 2-3 frases
ele descobriu que eu falo alemão e mudou seu alemão de um “alemão para
estrangeiros” para um “alemão padrão“. A rua por onde passava nosso ônibus estava
em reforma e ele teimou comigo que o ônibus passaria por ali daqui a alguns
minutos, que ele morava de frente para o ponto e tinha visto o ônibus do horário
anterior passar, que ele tinha certeza e eu podia ficar ali com ele.
Fiquei lá,
mas eis que… o ônibus não passou. Esperei 3-4 minutos de um atraso ainda
aceitável (porque o ônibus passa às 7:27 h e já eram 7:31 h), e em seguida
liguei pro meu marido, falando em português perto desse senhor (e provavelmente
confirmando a impressão dele de que eu era estrangeira). Pedi pro meu marido,
que estava saindo de carro para ir ao trabalho, para vir me pegar e me levar no
centro da cidade. Ofereci, em seguida, pr‘aquele senhor ir conosco, porque senão
ele ia ficar preso no bairro onde moramos, com dificuldade de ir para o
trabalho. Dentro do carro, falamos os três em alemão.
Três casos
parecidos, três reações diferentes. E pra quem acha que tudo na Alemanha é pontual,
ledo engano: pra variar, o meu trem, que peguei em seguida ao chegar no centro
da cidade, se atrasou por quase 10 minutos, enquanto o anúncio oficial na
plataforma era de que ele se atrasaria por 5 minutos, mas na internet já se podia
ler a verdade do atraso mais longo… A companhia ferroviária alemã, a Deutsche
Bahn, não tem tido boa fama pontualidade hoje em dia!…
E quanto a
você, quando foi que lhe trataram diferente no exterior, por suporem que você é
estrangeiro?
Tenho me sentido muito realizada com meus projetos atuais! Desde que reduzi a minha carga horária no trabalho, tenho me concentrado mais em consultorias de Recursos Humanos para pessoas em busca de emprego na Alemanha e na Suíça, e tive a oportunidade de oferecer meu primeiro workshop para jovens em busca de definição profissional. Esse era um grande sonho meu! Pretendo aperfeiçoar e incrementar esse workshop a cada grupo encontrado no futuro!
As consultorias se intensificaram e já ajudei muita gente, e cada um que passa pela minha vida me ensina algo. Sou muito grata por esses encontros! Já atendi pessoas de várias nacionalidades, de vários níveis, tendo atingido ultimamente dois executivos de alto escalão. Vejo, com gratidão e satisfação, que os conhecimentos de Recursos Humanos que tenho para passar são de valia para toda e qualquer pessoa, independente de sua experiência profissional. Guardo com carinho o retorno dos meus coachees, dentre eles, do que conseguiu um emprego na VW e melhorou de vida, mudando para um apartamento melhor e oferecendo maior conforto e qualidade de vida à sua família, e de uma pessoa que conseguiu seu primeiro emprego na Alemanha 10 dias (!) depois de termos finalizado a consultoria! Há pouco, uma pessoa que atendi recebeu como retorno a oferta de uma viagem internacional paga pela empresa que o entrevistou! Cada conquista das pessoas que atendo são vistas por mim também como uma conquista pessoal! A alegria do outro é definitivamente a minha alegria. Algumas dessas e outras referências podem ser lidas aqui.
Para que o universo conspire a meu favor, estou agora em busca do seguinte:
– Fazer minha página profissional em quatro idiomas, expandindo assim meus serviços para pessoas de outras nacionalidades que queiram vir, ou já estejam na Europa;
– Encontrar um ilustrador para um livro de poesias que pretendo lançar até o final do ano. Imagino uma ilustração em preto e branco, minimalista e forte, de traço firme e contínuo;
– Receber sugestões de material que possa ser incluído no meu workshop para jovens, tanto de fatores externos quanto internos que influenciem a escolha profissional;
– Encontrar novas formas de oferecer meu workshop, atingindo grupos de jovens e pessoas que estejam em busca de auto-crescimento e autoanálise;
– Por último, como não poderia deixar de ser, peço que eu mesma continue no meu processo individual e intransferível de crescimento enquanto pessoa e profissional.
Se você tiver lido até aqui e considerar que poderia me ajudar em algum dos pontos acima, ou mesmo se tiver interesse em uma consultoria comigo, ficaria muito feliz com seu contato! Quero cada vez mais fazer o que me proponho através do meu slogan, dividir meu conhecimento para ajudar outras pessoas em seu auto-crescimento!
Que alegria viver na era da internet e, depois de ficar sabendo que o ESC (Eurovision Song Contest) foi ontem à noite, poder ver o resumo e as melhores parte do show um dia depois!
Vamos à eles:
1. A ganhadora da noite, de Israel, que cantou uma música bem no ritmo da diversidade e da onda #metoo: Netta cantando Toy. A mensagem principal: I’m not your toy (não sou o seu brinquedo). Claro que gostei! E a Europa também!
2. A proposta oposta da cantora acima, Eleni Foureira do Chipre, mas que na realidade vem da Albânia e cresceu na Grécia, que vende-se como objeto de sexo e de prazer, muito bonita aliás. Interessante o fato da proposta de Israel ficar em primeiro lugar no ESC. Sinal dos tempos!
3. Os gatinhos da noite vêm da Suécia – Benjamin Ingrosso (esse menino tem só 20 anos!)…
4. …e da República Tcheca – Mikolas Josef:
5. A Alemanha ganhou o merecido 4. lugar esse ano, com uma música emocional de Michael Schulte, que cantou em homenagem a seu pai:
6. O ganhador do ano passado, Salvador Sobral, nos deu a honra de sua apresentação, trazendo consigo seu cantor predileto, ninguém mais nem menos do que Caetano Veloso. Que noite!
Um casal jovem está feliz pela chegada do seu bebê – a propaganda foi altamente criticada no Facebook por um partido de direita na Alemanha, AfD, e seus adeptos. A resposta do Philipp Awounou, um jogador de futebol e jornalista esportivo nascido na Alemanha, que se tornou alvo de um shitstorm somente por ser moreno, dentro do contexto atual do país em parte revoltado pela ajuda aos refugiados, acontece à altura (tradução livre minha do texto logo abaixo):
“Na realidade não tenho tempo para o palavriado populista de partidos como AfD & Co. Quem não percebe as bobagens que estão sendo veiculadas nesses grupos, não pode ser atingido com argumentação baseada em fatos. Desde há alguns dias atrás, porém, estou sendo atingido pessoalmente, e não posso deixar isso passar sem um comentário da minha parte:
Um ou outro já deve ter percebido que eu e Regina aparecemos em algumas propagandas… na realidade uma história legal, que causou muitos, muitos retornos positivos. Muito obrigado por isso!
Infelizmente, na opinião da AfD Nordwestmecklenburg eu não sou “nativo“ o suficiente. Isso levou a comentários e posts que são em tantos níveis tão errados, cretinos e maldosos, que cheguei a perder a fala: “propaganda de estrangeiros”, “corja suja“, “assassinos“, “estupradores“, “vontade de vomitar“, “inaceitável“… li muita coisa, isso sim, para mim inaceitável, muitos erros de grafia, muita coisa em torno de um partido que no momento atinge o mesmo patamar do SPD.
Nunca poderia imaginar, nem nos meus sonhos mais longínquos, que uma foto como essa pudesse ser alvo de reações como as que li. Elas não combinam com a minha impressão pessoal sobre a Alemanha e seus cidadãos: meu dia a dia é marcado por pessoas tolerantes, de bom senso e abertas, pessoas de pele clara e escura, com passaporte alemão e estrangeiro – com o coração no local certo. Nos poucos meses em que estou sendo alvo de um ataque racista e alvo de um ataque contra estrangeiros, fico ainda mais feliz por ter amigos assim!
Portanto é importante para mim, neste post, poder agradecê-los por seus valores e normas, seu apoio e sua abertura. O fato de nós – a Regina também – termos nos tornado alvo de um ataque de direita radical me mostrou que o que acontece comigo infelizmente não é natural. E caso você mesmo seja alvo de um ataque racista: posts racistas podem ser relatados e comunicados nas mídias sociais como tais, caluniadores de direita podem ser denunciados. Eu também fiz uso desse direito.”
Philipp Awounou
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Eigentlich habe ich für das populistische Gerede von AfD & Co. nicht viel übrig. Wer nicht erkennt, wieviel Unsinn da verbreitet wird, der ist mit vernünftiger Argumentation vermutlich eh nicht mehr zu erreichen. Seit einigen Tagen bin ich jedoch persönlich betroffen, und das möchte ich dann doch nicht unkommentiert stehen lassen:
Der eine oder andere wird sicher mitbekommen haben, dass Regina und Ich zurzeit auf ein paar Werbeplakaten zu sehen sind… eigentlich eine witzige Geschichte, die viel, viel nettes Feedback hervorgerufen hat. Danke dafür😉
Leider bin ich einigen Menschen, unter anderem denen von der AfD Nordwestmecklenburg (siehe Bild), offenbar nicht „einheimisch“ genug. Das hat zu Kommentaren und Posts geführt, die auf so vielen Ebenen falsch, schwachsinnig und boshaft sind, dass es mir echt die Sprache verschlagen hat: „Kanaken-Werbung“, „Drek Gesindel“, „Mörder“, „Vergewaltiger“, „zum Kotzen“, „Pfui Teufel“… viel Kram unter der Gürtellinie, viele Rechtschreibfehler, vieles rund um eine Partei, die in aktuellen Umfragen beinah gleichauf liegt mit der SPD.
Nicht einmal ansatzweise hätte ich mir vorstellen können, dass dieses Bild solche Reaktionen hervorrufen würde. Sie passen absolut nicht zu meinem persönlichen Eindruck von Deutschland und seinen Bürgern: Mein Alltag ist geprägt von toleranten, vernunftbegabten und weltoffenen Menschen, Menschen mit heller und dunkler Haut, mit deutschem oder ausländischem Pass – mit dem Herz am rechten Fleck. In den wenigen Momenten, in denen ich doch einmal mit Rassismus und Fremdenhass konfrontiert werde, freut mich das umso mehr!
Es ist mir deshalb wichtig, mit diesem Post eure Werte und Normen, euren Rückhalt und eure Offenheit zu feiern🎉 Dass wir – auch Regina – wegen einem Werbebild Zielscheibe rechter Parolen geworden sind, hat mir nämlich einmal mehr gezeigt, dass das leider nicht selbstverständlich ist. Und falls du selbst von Rassismus betroffen bist: Rassistische Posts kann man melden, rechte Hetzer anzeigen. Von diesem Recht werde auch ich Gebrauch machen.
Philipp Awounou
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E hoje é dia de Páscoa e de (auto)reflexão. Para mim foi um momento especial ver uma cruz sendo decorada por crianças com tulipas coloridas, me passou o sentimento de que da escuridão pode vir a luz, a esperança (não só de dias mais claros e menos sombrios mas também de dias melhores para o nosso planeta Terra).
Não excluindo a corrupção que existe em outros países (o caso da Volkswagen e a da indústria automobilística alemã está aí pra servir de exemplo…), passei parte do meu feriado de Páscoa assistindo o seriado “O Mecanismo“ na Netflix, contando parte da história da Lava Jato em forma de ficção. Cheguei a esse seriado pelo tanto que li em mídias sociais com relação às críticas feitas com relação a ele, de que distorce fatos, que tem interesses políticos e não retrata a realidade… Bom, por ser obra de ficção e não um documentário, não me assusta o fato do seriado não ter seguido exatamente o decorrer dos fatos no Brasil. O que me assusta muito mais, e me embrulhou a barriga, me deu vontade de vomitar e de afundar a cara num buraco, pensando que esse seriado está sendo mostrado para 190 países no mundo, foi simplesmente imaginar que aquilo tudo é baseado realmente em fatos reais, o tal do mecanismo que o José Padilha quis mostrar que existe em vários níveis econômicos no nosso país, se repetindo ad infinitum em várias esferas, independentemente do partido político, da ideologia ou do tamanho do rombo… cada um rouba como e quanto pode. Mesmo não deixando de admirar a trama em si, o seriado em si como produção 100% brasileira, e o fato dele estar mostrando bons atores como a Carol Abras e o Selton Mello, que aliás fizeram suas próprias dublagem em inglês e ela não ficou nada mal!
Como um primo meu comentou, espero também que isso fique só num seriado e não vire uma novela interminável… felizmente a História dá voltas! Continuo esperando que outras Mariellas surjam na política brasileira pra ter coragem de denunciar e lutar contra o sistema, fazendo o que deveriam fazer como representantes do povo e não buscando um posto público simplesmente com o objetivo de auto enriquecimento. Alguém aí sabe se o Padilha já está rodando a segunda temporada do seriado?
P.S.-Conversando com um amigo, o André, logo depois que escrevi esse post, concluí junto dele que o joguinho de esquerda x direita no Brasil, ou democráticos x extrema direita na Alemanha, ou qualquer disputa de grupos dentro de uma determinada sociedade, é também PARTE do Mecanismo! Enquanto as pessoas se formam em grupos e se atacam entre si, eles lá em cima monopolizam o poder e fazem o que querem com ele! Não há lado ideológico quando se trata de uma sociedade, há UM povo e nós cidadãos temos que buscar aquilo que for melhor para o povo em conjunto, a sociedade em que estamos inseridos. Não podemos cruzar os braços e fazer parte do Mecanismo em prol dos mais ricos, alimentando ainda mais sua riqueza!
Meu irmão comentou também que dentre poucos meses nós brasileiros teremos a tarefa de votar naqueles que poderão mudar o quadro político brasileiro.
Que toda essa discussão em cima do seriado sirva para mudar algo pra melhor no Brasil e no mundo, e sirva de conscientização para as pessoas, acima de suas crenças políticas, de que a intenção e o caráter de um ser humano é que pode levá-lo a fazer algo bom, se ele tiver bons objetivos, agir de forma altruísta em prol da sociedade!…
Voltei de Augsburgo com um exemplar da coletânea da qual participei, onde 50 escritoras brasileiras espalhadas pelo mundo escreveram poemas e contos sobre a paz. O livro foi editado de forma bilíngue, em português e em inglês. Ficou lindo e está sendo emocionante participar desse movimento de mulheres pensantes em prol do direito de expressão através da palavra escrita!
Em Augsburgo, revi amigas, tais como Alexandra Magalhães Zeiner, da associação Mulheres pela Paz, e Angélica Dias Müller, da Imbradiva, além de ter tido o imenso prazer de conhecer a representante do Mulherio das Letras vinda do Brasil para o lançamento da I Coletânea Internacional Mulherio das Letras, Vanessa Ratton. Durante os dias de 10 e 11 de março de 2018, participei de dois eventos, uma noite de comunhão de culturas no Café Neruda, e um brunch multicultural na biblioteca de Göttingen, onde apresentamos fotos, poemas, livros e ideias em português e em alemão. Tive a imensa honra e oportunidade de apresentar e ler um conto da minha querida tia, Aracy Miranda Costa, uma de minhas musas inspiradoras, também escritora, que deixou este mundo muito inesperadamente em agosto de 2016. Li um conto do livro “Causos” para Rir e Casos para Refletir, que ela lançou em 2014 junto da minha mãe. Vendi livros dela, meus, conheci muita gente legal, troquei, inspirei, fui inspirada. Voltei pra casa com uma mala e uma alma mais leves! Com um calorzinho bom no coração!
No dia do brunch plantei a sementinha de um novo projeto. Aqui no blog sempre comentei de mulheres fortes, e que como sempre tive a impressão de que mulheres fortes são facilmente esquecidas ao longo da História, como se ela fosse mesmo só HIStory, a História dos homens. Comentei sobre isso com a Vanessa, e como um calendário que tenho lido todo dia no trabalho, que comprei e me presenteei e me mostra a cada dia a trajetória de uma mulher de fibra no mundo, ainda viva ou não, tem me deixado constantemente inspirada e pensativa sobre o lugar da mulher no mundo.
Daí surgiu a ideia de fazermos um calendário assim em português, pra homenagear mais mulheres, vivas ou não, que fizeram e fazem História. Isso aconteceu poucos dias antes do assassinato da Marielle Franco no dia 14 de março de 2018, e ela certamente fará parte do nosso calendário! Assistindo videos e conhecendo um pouquinho da grande mulher, socióloga, política e agente de mudança na luta pelos Direitos Humanos que foi Marielle, cheguei à trajetória de outra mulher incrível: Audre Lorde.
Ficaria imensamente grata se deixassem no comentário mais nomes para serem homenageados em nosso calendário, que será um projeto conjunto, meu e da Vanessa. Uma homenagem puxa a outra e a certeza de que:
“Eu não serei livre enquanto houver mulheres que não são, mesmo que suas algemas sejam diferentes das minhas.”
Audre Lorde
P.S.-Lendo e me informando sobre Audre Lorde, me deparei com outra mulher inspiradora, a Joseanair Hermes que atua na Cáritas do Paraná, Brasil. Leiam o que ela tem a dizer! Tudo a ver com o que acabo de escrever agora, na mesma linha de pensamento e empoderamento feminino!