Archive for the ‘Uncategorized’ Category

::A metade do mundo é nossa::

29/09/2021

Se tem coisa que me deixa intrigada é o fato das ideias andarem voando por aí e conseguirem habitar as mesmas cabeças num mesmo momento, em diferentes partes do mundo e em diferentes idiomas. Foi assim que o avião foi inventado quase que na mesma época por Santos Dumont e os irmãos Wright.

Qual não foi a minha agradável surpresa ao descobrir uma série de documentários sobre a história das mulheres, feita aqui na Alemanha para a tevê e recém lançada, que foi intitulada…. HERstory!

E a descrição do seriado lembra muito a intenção que tive quando lancei meu último livro:

“Durante séculos, os homens contaram e interpretaram a história, escreveram a HISTÓRIA, foram a medida e o padrão para a ciência, jurisprudência e engenharia. A HERstory defende: chegou a hora de finalmente pintar o quadro inteiro.”

São quatro capítulos que tratam de medicina, queda do Muro e a vida na Alemanha Oriental, guerras e a vida na Alemanha depois da 2a. Guerra, tudo mostrado sob a perspectiva das mulheres. Imperdível! Eu diria que aprendi muito com essa série, mesmo morando aqui há tantos anos. Nunca é tarde para aprender, cada dia um pouco mais! Para assisti-los, clique aqui. Estão disponíveis por tempo limitado!

E por falar em aprender, vi um outro documentário também, na minha opinião, imperdível. Conta a história dos movimentos femininos na Europa até que fosse alcançado o direito ao voto feminino. O nome já diz tudo: “A metade do mundo é nossa – quando as mulheres conquistaram o direito ao voto”. Para assistir a recapitulação desta parte importante da HERstory, clique aqui.

Já estou curiosa para saber sua opinião sobre os documentários e aguardo outras dicas!

::Saiu mais uma coletânea! Baixe grátis o seu e-book!::

03/04/2021

Desta vez do Projeto Enluaradas, onde participei com mais de outras 167 Enluaradas de todo o Brasil e do mundo, sonhando um mundo possível em forma de poesia.

“A Coletânea Enluaradas I: Se Essa Lua Fosse Nossa é a metáfora perfeita para este ambiente de liberdade há tanto desejado, uma lua toda nossa, além de ser também um ato de resistência, ao longo da nossa existência, na luta para reduzir a invisibilidade e apagamento da arte e literatura produzidas por mulheres. (…) sem mirabolantes pretensões, que não as fundamentalmente humanas e lítero-culturais. Eis nossa poção mágica: “outrar-se” para poetizar a vida.”

Marta Cortezão / Patricia Cacau

Nós, as enluaradas, estamos “construindo a chamada Arte Contemporânea. Não basta uma escrita definir-se como feminina, é preciso designar a fala das mulheres. Colocar-se no lugar do feminino, requer uma posição que implica ver-se no outro. E esse “ver-se no outro” vai construir esse projeto de contemporaneidade, uma contemporaneidade ocidental, racional, evolutiva e disjuntiva.”

Vania Alvarez, “A Poética Contemporânea das Enluaradas”

Venha voar neste foguete conosco, sonhar um mundo possível e apaziguar os dias cruéis de hoje, tendo fé na beleza do amanhã, que logo há de surgir. Baixe o seu e-book grátis aqui.

Depois deste passeio poético, se quiser refletir sobre sua vida e a vida em sociedade nos dias atuais, recomendo meu último livro, o HERstory – escreva a sua história! Você o encontra nos sites pelo mundo da Amazon, Buobooks ou na website da Páginas Editora.

::Entrevista para o Mulherio das Letras Portugal::

31/03/2021

Pode ler a entrevista que dei para o Mulherio das Letras Portugal aqui.

E para que serve a escrita? Alívio da alma, nos agarramos ao belo e ao amanhã, que mais cedo ou mais tarde há de chegar!

::COVID e lembranças de infância::

22/03/2021

Quando eu era pequena, não era difícil acontecer com a minha mãe o que costuma acontecer com o meu marido ou comigo hoje em dia: chegava na sala no final do dia e ela estava dormindo de frente pra tevê.

Enquanto ele durma por cansaço do trabalho ou por causa de alguma noite mal dormida, eu não sei definir direito se o motivo de eu estar dormindo durante o dia é um misto de idade, menopausa ou principalmente por causa da pandemia. Sejamos honestos: ela cansa! Você pára de assistir notícias, fica se perguntando o que está acontecendo aqui e lá (sim, expatriado sofre dobrado, com as notícias do país onde vive e do país de origem). Quando assiste as notícias dá uma misto de pensar que a) já ouvi isso antes b) será que vou ouvir isso amanhã de novo? c) que notícias terríveis, quando isso vai acabar? d) tenho vontade de hibernar e só voltar do sono profundo quando tudo isso acabar! Tem hora que a única pessoa acordada aqui em casa é o Daniel, que ainda não está na idade nem de dormir de dia e nem de ficar sofrendo demais com as atualidades.

Outra coisa que a mamãe costumava fazer e eu achava estranho, mas super engraçado, era colocar coisas no lugar errado, simplesmente porque o braço dela fazia o movimento e a cabeça dela estava em outro lugar naquele momento. Já aconteceu de eu abrir o armário da cozinha lá de casa e achar o controle remoto da tevê lá dentro, deixado por ela. Hoje, na hora do almoço, abri a gaveta das panelas e lá dentro achei uma caixinha de leite. Aqui em casa compramos leite na caixinha, que quando aberto vai para a geladeira. Achei aquilo inusitado e fiquei me perguntando quem tinha colocado aquela caixinha ali, se era o Daniel ou o Matthias. Quando almoçamos perguntei e logo em seguida, pela reação deles, acreditei rapidamente que tinha sido eu mesma, que além de não ter visto o que fiz, tampouco me lembrava do feito! Tenho a quem puxar!…

Outra coisa que tenho a quem puxar é, segundo o Matthias, a força “gavetacional” (e não gravitacional) que as coisas da casa exercem sobre mim, porque elas tendem a ir para dentro de alguma gaveta antes mesmo de eu raciocinar se preciso daquilo ou não. Mamãe também me ensinou esse feito! Filha de peixe!…

Pelo menos tenho a declarar que essas mazelas não se repetem ad infinitum: tanto a minha irmã Rê quanto a minha filha Taísa sairam uma versão bem mais organizada do que eu ou a vovó Eny. Vai ver que mais tarde a Taísa não vai dormir de frente pra tevê, nem colocar coisas sem nem notar em lugares inusitados.

E por falar em mais tarde, no último final de semana achei um conto em uma revista alemã que me deixou bastante pensativa: ele se referia a um COVID-39, tipo o COVID-19 na versão de 20 anos mais tarde!… No conto, espero eu fictício, o autor comentava como era a vida antes do coronavírus e como ela tinha se transformado – e ficado para sempre?!? Espero que não! Assim como nós, seres humanos, temos direito à evolução, espero firmemente que esse bichinho evolua, se transforme em algo domável ou melhor, desapareça por completo do nosso planeta. Será que é desejar demais? Só o futuro dirá!…

::Segurança – Anne Morrow Lindbergh::

17/03/2021

Procurando o nome em português de um dos meus livros prediletos, O Presente do Mar, da autora Anne Morrow Lindbergh, acabei tendo a agradável surpresa de descobrir que ela também foi poetisa! Escrevo poetisa e não poeta como tantas gostam no Brasil, pois enquanto lá muitas querem ser chamadas como os homens, eu prefiro ser quem sou, mulher, e como tal ser chamada de poetisa. Outro dia inclusive estava lendo sobre a editora dos dicionários de alemão Duden que comentou que antigamente se escrevia como explicação da palavra médica simplesmente “palavra feminina do masculino médico” e hoje em dia se escreve “mulher que pratica a Medicina”. O poder das palavras! O dia que descobrirmos o poder que elas têm, avançaremos mais e mais!…

Mas voltando à razão primária deste post, achei aqui alguns lindos poemas dela, e abaixo deixo um dos que mais gostei:

SEGURANÇA
Encontramos refúgio numa concha –
ou numa estrela;
mas entre as duas,
não há.

Encontramos paz na imensidão –
ou nas pequenas coisas;
mas entre as duas,
não há.

O planeta nos céus,
a concha na areia:
e embora os céus e a terra
estejam entre eles,
não encontramos paz
em nenhum outro lugar.

Tu que procuras
um refúgio, aprende
com as mulheres que sempre souberam
os caminhos seguros da vida.
o caminho
seguro de uma agulha – ou de uma estrela;
uma próxima – outra distante.
A que poderíamos comparar
a luz refletida num dedal,
senão ao alto brilho
de Arturo?

Uma próxima – outra distante:
mas entre as duas,
onde
encontrar conforto?

Encontramos refúgio numa concha –
ou em uma estrela:
mas, entre as duas,
em lugar nenhum.
.

SECURITY
There is refuge in a sea-shell –
Or a star;
But in between,
Nowhere.

There is peace in the immense –
Or the small;
Between the two,
Not at all.

The planet in the sky,
The sea-shell on the ground:
And though all heaven and earth
between them lie,
No peace is to be found
Elsewhere.

Oh you who turn
For refuge, learn
From women, who have always known
The only roads that life has shown
To be secure.
How sure
The path a needle follows – or a star;
The near – the far.
With what compare
The light reflected from a thimble’s stare,
Unless, on high,
Arcturus’s eye?

The near – the far:
But in between,
Oh where
Is comfort to be seen?

There is refuge in a sea-shell –
Or a star;
But in between,
Nowhere.
– Anne Morrow Lindbergh, no livro “O Unicórnio e outros poemas” (Ibis Libris, a sair).. [tradução e apresentação de Thereza Christina Rocque da Motta]. Rio de Janeiro: Editora Ibis Libris, 2015.

::Relatório do Banco Mundial analisa as oportunidades econômicas das mulheres ao redor do mundo::

24/02/2021

Li, pela 1ª. vez, um relatório do Banco Mundial muito interessante, que vem avaliando as leis e regulamentos que afetam as oportunidades econômicas das mulheres (Mobilidade, Local de Trabalho, Remuneração, Casamento, Maternidade, Empreendedorismo, Ativos e Aposentadoria) nos últimos 50 anos.

O relatório revela que as mulheres, hoje em dia, só conquistaram em média apenas cerca de 3/4 dos direitos concedidos aos homens. Desde 2017, um total de 40 países reformaram leis ou regulamentos para dar às mulheres mais igualdade econômica com relação aos homens. No total, 190 nações foram analisadas no relatório “Women, Business and the Law 2020”, que cobre em suas análises o período de 2017-19.

Leia o relatório completo aqui, verifique e compare como o seu e outros países estão classificados (também disponível em espanhol e francês).

Abaixo destaco o resultado de alguns países:

– Avaliação máxima (100 pontos no index): Bélgica, Dinamarca, França, Islândia, Latvia, Luxemburgo, Suécia e Canadá, que reformou recentemente suas leis de licença maternidade/paternidade;

– Alemanha: 97,5

– EUA: 91,3

– Suíça: 85,6

– Brasil: 81,9 (interessantemente, um resultado igual ao do Japão!…)

::Leia a primeira resenha do HERstory!::

18/02/2021

Que presente lindo e que surpresa com muita sororidade receber a primeira resenha do meu novo livro HERstory – escreva a sua história!

Que bom ler a opinião de uma também escritora sobre o meu trabalho, no caso a psicóloga e escritora Roberta Gasparotto!

Muita gratidão, me sentindo muito honrada e feliz por ela ter apreciado a minha obra! Leia a resenha completa aqui no Feminário Conexões.

::Poderia ter sido escrito para o tempo de pandemia…::

16/02/2021

“Eu quero pedir que você tenha paciência com tudo o que ainda não tiver sido resolvido no seu coração. Tente amar as perguntas. Não procure pelas respostas, que não lhe poderão ser dadas, porque você não as poderia viver. O objetivo é viver tudo plenamente. Viva plenamente as perguntas. Talvez pouco a pouco vc começará a viver, sem nem se dar conta, finalmente dentro da resposta”. Rainer Maria Rilke, Cartas a um Jovem Poeta

“Ich möchte Sie bitten, Geduld zu haben gegen alles Ungelöste in Ihrem Herzen und zu versuchen, die Fragen selbst lieb zu haben. Forschen Sie jetzt nicht nach Antworten, die Ihnen nicht gegeben werden können, weil Sie sie nicht leben könnten. Und es handelt sich darum, alles zu leben. Leben Sie jetzt die Fragen. Vielleicht leben Sie dann allmählich, ohne es zu merken, eines fernen Tages in die Antwort hinein.“ Rainer Maria Rilke, Briefe an einen jungen Dichter

Tradução: Sandra Santos

::Não perca a promoção da Páginas Editora!::

15/02/2021

Um passarinho lá no Instagram da @páginaseditora me contou que eles estão com uma promoção super especial: 15% de desconto para compras acima de 100 reais.

Gente, pra quem estiver no Brasil, recomendo de cara, além do meu novo livro, o HERstory – escreva a sua história!, também os seguintes livros:

  • Contos, Contas e Surtos da Pandemia (com um conto de minha autoria, sobre um milagre real acontecido durante a pandemia)
  • Fatias – Magda Velloso F. de Tolentino (Já li um livro e um conto dela e adorei! Doida pra ler este novo livro!)
  • Ah, tá bom tem mais, viu? Tem o Jardim de Rosa-Palavra da Pretinha também, e vou parar por aqui senão a lista vai ficar loooonga! Corre lá! Se for mandar um livro de presente, tem a opção de incluir uma mensagem para o presenteado! Outra ideia sensacional!

“Se a vida não é um conto de fadas, os livros são páginas abertas para finais mais felizes”.

“Pensamentos são poderosos e podem mudar a forma de como a realidade é percebida”.

::Entrevista no Feminário Conexões::

01/02/2021

Estou participando de um grupo de mulheres enluaradas que amam poesia, o Mulherio das Letras na Lua. Um grupo super animado de mulheres que estão promovendo a arte de escritoras brasileiras do norte ao sul do país e algumas morando no exterior, em pleno exercício de sororidade! Juntas, vamos lançar um ebook gratuito de poesias femininas. Imaginem o deleite! Ultimamente, toda semana tem sarau cultural para nos conhecermos. Uma ótima diversão no meio da pandemia, para acalentar a alma e o coração!

Uma das integrantes do grupo das Enluaradas, a também escritora e psicóloga Roberta Gasparotto, me entrevistou no último final de semana. Quer saber como foi nosso bate-papo? Leia-o no Feminário Conexões! Este blog tem o objetivo de reunir e divulgar a Literatura do Coletivo Feminino Contemporâneo que circula pelas redes sociais.

Obrigada pela entrevista, Roberta! Até o próximo encontro! 💞


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