Posts Tagged ‘amor’

::Mineirinha n’Alemanha::

03/07/2020

Há alguns meses atrás o meu primeiro livro, o Mineirinha n’Alemanha, foi escolhido pelo Celso da Batatolândia com um dos 6 livros mais importantes para entender os alemães e a Alemanha. Como escritora, foi uma grande honra ser colocada ao lado de João Ubaldo Ribeiro!

Hoje recebi um retorno de uma leitora sobre o livro, o que demonstra sua atemporalidade e me deixou de novo muito feliz com mais um feedback positivo sobre ele:

“Terminei seu livro e gostei muito! Pena que não li antes de vir pra Alemanha; teria me poupado muitos perrengues! 😊

Seu livro é muito interessante e muito informativo também! Compartilhamos muitas experiências, mas com pontos de vista diferentes! Muitos legal ver isso!

Realmente o seu é um livro necessário, de utilidade pública!”

::Vamos espalhar amor por aí?::

29/04/2020

::Uma história de vida e de morte::

30/03/2020

Desde que entrei de quarentena, e já estou começando agora na minha quarta semana, algo que entrou na minha vida foi o uso constante de tecnologias para me conectar com pessoas, dentre elas o WhatsApp e o Zoom. Uso ambas na maioria das vezes com vídeo, e assim falo e vejo pessoas espalhadas por todo o mundo. Tenho que dizer que desde então estou tendo mais contatos, e com um número bem maior de pessoas do que antes. Nem quero imaginar como seria uma quarentena sem meios de comunicação como os atuais.

“Por acaso”, através de um convite em uma newsletter, me conectei com pessoas desconhecidas espalhadas por toda a Europa, que trocam entre si a solidão de estarem confinadas às suas quatro paredes, muitas delas realmente sozinhas. Alguma delas não vêem seres humanos durante 10 dias, até terem de ir ao supermercado para comprar alguns alimentos e voltar ao seu confinamento. Algumas delas só têm a permissão de fazer compras no máximo a 1.000 metros de suas casas e disseram se sentirem felizes ao ouvir que o supermercado da esquina estava fechado e que assim puderam ir a um supermercado maior e um pouco mais longe de suas casas. Esse tipo de limitação de só poder sair a 1 km da minha casa não existe aqui na Alemanha.

Neste grupo, temos encontros recorrentes por Zoom. No encontro de hoje, uma mulher contou que seu irmão esteve internado em um hospital por ter sido infectado com o coronavírus. Ele dividia seu quarto com um senhor de 80 anos que estava em situação muito pior do que a dele e que não conseguia passar uma noite sem a ajuda constante de enfermeiras, que tinham que visitá-lo a cada 1-2 horas.

Em algum momento, uma enfermeira disse que sua esposa tinha ligado para o hospital e mandado um recado para ele. O senhor de 80 anos pronunciou o nome de sua esposa e esta única palavra mudou por completo os sentimentos do irmão da minha nova conhecida. O nome da esposa transmitia todo o amor, todo o companheirismo e todas as experiências e anos vividos juntos, toda uma vida passada a dois. O companheiro de quarto passou a não ficar mais incomodado com o fato daquele senhor precisar de tantos cuidados, pois ele lhe tinha ensinado com uma única palavra muito mais do que ele podia imaginar. Ele era um professor universitário, que vivia viajando para muitos países, que não tinha tempo para parar e refletir muito sobre a vida, até que a doença o obrigou a parar.

Naquela noite, a enfermeira entrou no quarto e o avisou que o senhor de 80 anos talvez não fosse suportar as próximas horas. Deu-lhe um sedativo ou algum remédio paliativo e ambos dormiram. No outro dia, ele acordou e notou que o senhor não respirava mais. Ele tinha ido em paz. O irmão da minha nova conhecida, com 63 anos, recebeu alta em seguida e foi para casa, tendo aprendido qual era realmente o sentido da vida.  

::Morre uma estrela::

21/06/2016

Quando me separei do meu ex-marido, finalmente me vi livre e voltei a ser dona da minha própria vida novamente, recuperando aos poucos minha auto-estima, meu nome, minha identidade… Foi, dentre outros, no livro desta grande escritora que descansei minha alma e juntei forças para continuar acreditando no amor, apesar de tudo. Por acaso fiquei sabendo que ela morreu ontem. E gostaria de prestar uma singela homenagem, apesar de não concordar com parte do que ela defendia. Não sou adepta nem do aborto e muito menos da eutanásia. Mas quem disse que tenho que concordar com tudo para considerar uma outra pessoa digna de respeito e admiração?

Fazendo uma pequena pesquisa na internet, descobri que há um filme baseado em um de seus maiores sucessos: Sal sobre a nossa pele, que tenho que ver! Alguém o conhece? Parece que quando esse livro foi lançado, em alemão Salz auf unserer Haut, em 1988, ele foi um escândalo e tanto!…

Que ela, Benoîte Groult, possa descansar em paz. Alguns de seus pensamentos, que devem servir para nós de lembrança de que a vida de muitas mulheres já foi muito, muito mais desigual que a nossa, mas estamos longe de atingir a sociedade egualitária que nos é de direito:

I was a Latin teacher, but being born a woman, I was considered incapable. Of course, I lived most of my married life before contraception and experienced the dark ages of illegal abortion. I had to ask my husband’s authorization to open a bank account to put in the money I had earned by my own work. And many other incapacities.

Eu era uma professora de latim, mas por ser mulher, era considerada incapaz. Claro que me casei antes da pílula anticoncepcional e experimentei a era negra do aborto ilegal. Tive que pedir licença ao meu marido para abrir uma conta de banco para guardar o dinheiro que eu recebia com o esforço do meu próprio trabalho. Além de muitas outras incapacidades.

Letzten Endes kommt es einzig darauf an, dass man seine Kinder liebt. Doch wenn man zu Hause eingesperrt ist, fängt man irgendwann an, die Kinder zu hassen. Ich hätte jeden Job angenommen, um nicht 24 Stunden am Tag auf mein Muttersein beschränkt zu sein.

No final das contas o mais importante é que amemos nossos filhos. Pois quando estamos presas às nossas casas, podemos começar a odiar nossas crianças. Eu teria aceitado qualquer tipo de trabalho para não ficar presa às atividades maternais durante 24 horas por dia.

Als ich 25 war und als Journalistin arbeitete, hatte ich immer noch kein Wahlrecht! In Deutschland konnten Frauen schon in den zwanziger Jahren wählen, das Wahlrecht für Frauen wurde in Frankreich erst 1944 eingeführt. 

Quando eu tinha 25 anos de idade e trabalhava como jornalista, não tinha o direito de voto! Na Alemanha as mulheres já tinham conquistado esse direito nos anos vinte, enquanto o direito ao voto feminino na França só foi institucionalizado em 1944.

Vermutlich muss man geraume Zeit in der Haut eines Menschen verbringen, der einem nicht ähnelt, ehe man zu dem wird, der man ist. Oder vielleicht hat man auch all diese vielfältigen Figuren in sich und muss von einer befreien, ehe man zur nächsten werden kann.

Talvez seja necessário viver a vida de outra pessoa por determinado tempo, para que possamos nos tornar quem somos. Ou talvez todas essas figuras vivam dentro de nós e temos que nos libertar de uma, para que a outra se torne realidade.

 

Groult era uma das feministas mais conhecidas da França. Enquanto François Mitterand estava no poder, ela liderou uma comissão que buscava denominações femininas para profissões até então só masculinas. Ela lutou pelo direito do aborto, da pílula anticoncepcional e mais tarde pelo direito à eutanásia.

Segundo ela mesma, Groult se tornou feminista contra sua própria vontade, porque teve muita dificuldade de ser feminina. Ela continuou como feminista, porque as mulheres alcançaram muitos avanços no âmbito privado, mas muito poucos no campo político. No começo dos anos 90 ela reconheceu que o movimento feminino estava perdendo forças. Em 1992, em Paris, ela declarou ao jornal “Stuttgarter Nachrichten” (Notícias de Estugarda), que o “feminismo estava fora de moda e o poder tinha voltado às mãos dos homens como há 20 anos atrás”.

A autora foi casada três vezes, teve um amante durante cinco décadas e no anel de seu último casamento tinha gravado, a pedido do marido que propôs um relacionamento aberto, “liberdade, igualdade e fidelidade”. Eles consideravam ser possível ter uma vida independente, inclusive sexualmente, enquanto demonstravam fidelidade em outros níveis e respeito um ao outro.

Groult morreu aos 96 anos na noite de terça-feira, 20 de junho de 2016, enquanto dormia. Como desejou, segundo informações de sua filha, sem dores. Do contrário, ela teria optado pela eutanásia, pois achava que a vida só valia a pena se pudesse ser vivida de maneira digna.

Que ela sirva de exemplo e inspiração para nós, para que não constatemos como ela, daqui a 20 anos, que não houve avanço nenhum para as mulheres. Pois, se não prestarmos atenção ao andar da carruagem, até corremos o risco de perder o que já alcançamos. Que saibamos agir nesse mundo de mídia social, onde é tão fácil aprender, elogiar e ofender, evitando toda e qualquer oportunidade onde a mulher é vendida como um produto de decoração, um ornamento bonito, um ser impensante mas bonitinho que esta ali, parado, sem voz, quieto no seu lugar, ou, no máximo, dançando como nas tardes de domingo da tevê brasileira. No dia a dia, temos que nos unir evitando piadinhas de mau gosto que denigrem a loira, logicamente burra, a dona de casa, com mãos pequenas para alcançar todo e qualquer cantinho, e tantas outras funções femininas. Dou graças a Deus por não ter vindo ao mundo na época em que uma mulher não tinha direitos que hoje são considerados óbvios, tampouco queria ter visto uma sociedade como a de Muhammad Ali, onde um negro não tinha o direito de pedir um café num bar da cidade, mas se olharmos bem para a nossa atualidade, veremos que ainda há muitas, insuportáveis aberrações, o mundo anda louco, e o machismo impera, calado e senhor de si, certo de seu poder.

P.S.: Se alguém quiser usar esta plataforma para homenagear alguma mulher, favor deixar um comentário abaixo. Eu e muitas outras leitoras, com certeza também leitores, agradecemos!

P.S.2-Por acaso, hoje, depois de 2.769 anos, uma mulher tomou o poder de Roma e será prefeita da cidade. Os nossos parabéns pra ela!

Fontes: página da autora no Facebook, reportagem da revista Spiegel e Brigitte Woman, página da Wikipedia.

::Amizade sem brigas::

26/07/2014

Você tem um amigo com quem nunca brigou?

Eu tenho uma amiga assim, e ela tem 68 anos. É a única amiga de idade alemã, ex-colega de trabalho, com quem dividi o mesmo escritório de 1998 até o ano de 2000.

Os anos se passaram, e nossa amizade continuou. E eu nunca tinha percebido que nunca tinha brigado com ela. Ursula me chamou atenção para este fato da última vez que a visitei. Como não poderia deixar de ser, eu faço tudo errado, e ela me ama mesmo assim. Ela desculpa o fato de que eu marco um horário e não consigo chegar no horário combinado na casa dela. Chego de mãos vazias, apressada de um lugar pro outro, no meio da correria da vida de segunda a sexta, suando com o sol europeu, com o qual muitos do Brasil acreditariam que não seria suficiente para suar. Chego de mãos abanando e sou recepcionada com um sorriso, com um café, com a melhor porcelana, com biscoitinhos e carinhos. Ela nasceu no mesmo dia do meu marido e de um ex-namorado meu. Coincidência? Eu sempre fui rodeada de leões, o signo, iso é o que quero dizer. E apesar de ser leonina, durona, decidida, orgulhosa, de opinião inabalável e muito senhora de si, ela gosta de mim e eu dela. Amor gratuito. Simples assim.

Foi dela que recebi a oferta do “du”, o tu em português, que tem um significado tão especial de aceitação e respeito, de abertura de portas e escancaramento de janelas psicológicas, logo no primeiro dia de trabalho. O comentário veio acompanhado de um sorriso:

Mädel, du gefällst mir, du darfst mich duzen. (Menina, gostei de você, pode me chamar de Ursula).

Com esta oferta, para a qual nem soube dar tanto valor há tantos anos atrás, eu ganhei uma amiga para sempre. Ela tem me acompanhado nos sobes e deces da vida nesses 16 anos que nos conhecemos e nunca deixou de acreditar em mim. Quando eu faltava ao trabalho, por motivo de doença, minha ou da Taísa, ou por passar férias em algum canto, voltava ao escritório e minha mesa estava limpa, ela tinha feito todo o trabalho. Um grande exemplo de solidariedade que levei para a vida. A única vez que veio me visitar em casa foi quando o Daniel veio ao mundo, em 2005. E eu não sou a melhor amiga do mundo no que diz respeito a ligar sempre, acompanhar a vida do outro, portanto passamos alguns anos sem muito contato, mas a chama da amizade nunca apagou.

Há alguns anos atrás tive um trabalho perto da casa dela. Passei a ir lá com mais frequência, falávamos do passado, do hoje, dos filhos, do meu trabalho, de quando ela trabalhava, do nosso mínimo passado comum. Na mesa dela, a foto do marido morto que eu nunca conheci. Eu poderia ser filha dela. Ela tem uma filha única da mesma idade que eu, que só conheco por foto. Um dia ela me perguntou se poderia cortar um cachinho meu pra mostrar pra filha dela. Lógico que concordei. Se estou lá e ela atende o telefone, altera a fala do alemão padrão para o dialeto, que eu por sorte também entendo, e comenta que está recebendo visita de uma amiga querida que vem do Brasil.

Da última vez saí da casa dela com vários presentinhos: um vidrinho de marmelada, ervas do seu jardim, amor embalado pra levar pra casa. Da próxima vez vou lhe trazer uns potinhos de flores pra enfeitar sua entrada, nem de todo voada eu sou. Mas o carinho gratuito dela me deixa feliz e perplexa, pois amor gratuito e sem interesse é algo difícl de se achar neste mundo de cão.

Fonte de inspiração: texto escrito logo após de assistir o filme “Das Labyrinth der Wörter” (em português “Minhas tardes com Margheritte), que também fala de uma bela amizade entre gerações diferentes, cujo livro também li, indico por ser muito lindo e bem escrito. Ele é de autoria de Marie-Sabine Roger.

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Freundschaft ohne Streit

Hast du einen Freund oder eine Freundin, mit wem du noch nie gestritten hast?

Ich habe so eine Freundin und sie ist 68 Jahre alt. Sie ist meine einzige ältere deutsche Freundin, eine ehemalige Arbeitskollegin, mit wem ich das gleiche Büro vom 1998-2000 teilte.

Die Jahre sind vergangen und unsere Freundschaft blieb bestehen. Und mir war noch nicht aufgefallen, dass wir noch nie miteinander gestritten hatten. Ursula machte mich darauf aufmerksam, als ich sie zuletzt besucht habe. Wie es nicht anders sein könnte, ich mache alles falsch, aber sie liebt mich trotzdem. Sie übersieht die Tatsache, dass ich mit ihr eine bestimmte Uhrzeit ausmache, und mir gelingt es einfach nicht die Zeit einzuhalten und bei ihr rechtzeitig zu Hause anzukommen. Ich komme mit leeren Händen an, gehetzt von einem anderen Termin, mitten in der Rennerei meines Lebens von montags bis freitags, verschwitzt unter der europäischen Sonne, auch wenn viele in Brasilien nicht glauben würden, dass die Sonne hier so stark sein kann, dass man darunter schwitzen kann. Ich komme mit leeren Händen an und sie empfängt mich mit einem Lächeln, Kaffee, schicken Porzellangeschirr, Keksen und Zärtlichkeit. Sie ist am gleichen Tag wie mein Mann, auch wie ein ehemaliger Freund von mir, geboren. Ist das ein Zufall? In meinem Leben habe ich viele Löwen gehabt, das Sternzeichen meine ich. Und obwohl sie eine Löwin ist, hart im Nehmen, mit eigener Meinung, entschieden, stolz, mit festen Überzeugungen und sehr selbstbewusst, mag sie mich und ich sie. Bedingungslose Liebe. So einfach ist das.

Von ihr habe ich zum ersten Mal das „Du” angeboten bekommen, das in der deutschen Sprache so bedeutend in Sache Akzeptanz und Respekt ist, das Türen und psychologische Fenster weit öffnen kann. Das passierte gleich am ersten Tag, als wir zusammengearbeitet haben. Ihr Kommentar kam mit einem Lächeln:

– Mädel, du gefällst mir, du darfst mich duzen.

Durch dieses Angebot, dessen Bedeutung ich damals nicht mal richtig einschätzen konnte, habe ich eine Freundin für die Ewigkeit gewonnen. Sie begleitet mich nun schon seit 16 Jahren, in all den guten und schlechten Zeiten des Lebens, und sie hat mich noch nie aufgegeben. Als ich bei der Arbeit fehlte, entweder weil meine Tochter Taísa oder ich krank war, oder weil ich im Urlaub irgendwohin ging, kam ich wieder zur Arbeit und mein Schreibtisch war picobello sauber, sie hatte für mich die ganze Arbeit erledigt. Dieses ist ein großes Beispiel von Solidarität, das ich in meinem Leben erfahren durfte. Das einzige Mal als sie mich besuchte, war als mein Sohn Daniel im Jahr 2005 zur Welt kam. Und ich bin nicht die beste Freundin der Welt wenn es darum geht sich immer telefonisch zu melden, immer ganz genau über das Leben der anderen Bescheid zu wissen, daher verbrachten wir mal Jahre in denen wir nicht allzu viel Kontakt hatten, aber die Flamme unserer Freundschaft ist nie erloschen.

Vor ein paar Jahren hatte ich eine Arbeitsstelle, die nah zu ihrem Haus lag. Dann ging ich sie öfters mal besuchen, wir sprachen über die Vergangenheit, über aktuelle Themen, über die Kinder, über meine Arbeit, über die Zeit als sie selber noch arbeitete, über unsere gemeinsame und vergangene Zeit. Auf Ihrem Wohnzimmertisch begleitet uns immer das Foto ihres gestorbenen Ehemannes, den ich leider nicht kennengelernt habe. Ich hätte ihre Tochter sein können. Sie hat eine einzige Tochter die so alt ist wie ich, die ich aber nur von einem Foto aus kenne. Eines Tages fragte sie mich ob sie von mir eine Locke bekommen könnte, um sie ihrer Tochter zu zeigen. Selbstverständlich war ich damit einverstanden. Wenn ich bei ihr bin und sie ans Telefon geht, ändert sie ihre Aussprache vom Hochdeutsch auf Dialekt, den ich zum Glück auch verstehe und kommentiert, dass sie eine liebe Freundin aus Brasilien gerade bei ihr zu Besuch hat.

Das letzte Mal als ich sie besuchte, ging ich wieder mit vielen kleinen Geschenken nach Hause: ein Gläschen Marmelade, Kräuter von ihrem Garten, verpackte Liebe die ich mitnehmen durfte. Beim nächsten Mal habe ich vor ihr ein paar Blumen mitzubringen damit sie ihren Hauseingang verschönen kann, so durch den Wind bin ich auch nicht. Aber ihre bedingungslose Zärtlichkeit mir gegenüber macht mich immer froh und erstaunt, weil bedingungslose Liebe ohne Interesse ist etwas, was man auf dieser harten Welt nicht so einfach finden kann.

Quelle meiner Inspiration: Text verfasst nach dem ich den Film „Das Labyrinth der Wörter” gesehen habe, der auch von einer schönen Freundschaft zwischen unterschiedlichen Generationen handelt, wessen Buch ich auch gelesen habe und empfehle, da es sehr schön ist und gut verfasst wurde. Die Autorin vom Buch ist Marie-Sabine Roger.

Sandra Santos 26.07.2014

::Mãe – Desnecessária::

08/05/2014

MÃE – DESNECESSÁRIA.

“Dê a quem você ama: asas para voar, raízes para voltar e motivos para ficar.” (Dalai Lama)

::Pensamento do dia – Das fronteiras físicas e imagináveis::

11/07/2012

“Meu sonho é apagar as linhas dos mapas, derrubar fronteiras, muros, barreiras que separam pessoas, países, mundos, corações. É morar numa casa única, de respeito, comunhão e amor, onde quer que estejamos.”

Lílian Miranda Costa, minha prima-irmã

“Mein Traum ist die Linien der Landkarten, Grenzen und Mauer zu löschen weil diese Menschen, Länder, Welten und Herzen trennen (können). Ich würde gerne in einem einzigen Haus (Welt) leben, mit Respekt, ehrlichem Austausch und Liebe, unabhängig davon wo wir uns befinden”.

Lílian Miranda Costa, meine Cousine-Schwester

P.S.-Não fiquei muito satisfeita com a tradução em alemão. Se tiver sugestões, elas serão muito bem-vindas!

::Frases do Grande Poeta, Carlos Drummond de Andrade::

27/06/2011

“A amizade é um meio de nos isolarmos da humanidade cultivando algumas pessoas.”

***
“A minha vontade é forte, mas a minha disposição de obedecer-lhe é fraca.”

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“Os homens distinguem-se pelo que fazem, as mulheres pelo que levam os homens a fazer.”

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“Há duas épocas na vida, infância e velhice, em que a felicidade está numa caixa de bombons.”

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“No adultério há pelo menos três pessoas que se enganam.”

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“Como as plantas a amizade não deve ser muito nem pouco regada.”

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“A cada dia que vivo, mais me convenço de que o desperdício da vida está no amor que não damos, nas forças que não usamos, na prudência egoísta que nada arrisca e que, esquivando-nos do sofrimento, perdemos também a felicidade.”

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“Há vários motivos para não se amar uma pessoa e um só para amá-la.”

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“Nossa dor não advém das coisas vividas, mas das coisas que foram sonhadas e não se cumpriram.”

Fonte: Pensador.Info

::Da nossa eterna mania de achar que a vida do outro é melhor::

04/01/2011

Pronto. Hoje ouvi no rádio uma entrevista que me fez pensar. Era de um cara que tinha se proposto a não propor nada para o ano de 2011. Você reagiria talvez com a indagação: “Que cara estranho!”, mas eu, cá comigo, achei o cara o máximo. Ele disse que as pessoas têm mania de se olhar em fotos de outros tempos e de se sentir estranhas em si próprias, não sabendo mais quem são, quem eram, quem foram todas aquelas “outras” pessoas, e que há uma tendência generalizada pela insatisfação, daí a idealização e no próximo passo vem o desejo de alcançar isso ou aquilo, mudar “tudo”, querer “xyz” no ano novo (e só mudar o botãozinho para “sou feliz” se isso for alcançado), achar que só é possível ser feliz morando em tal lugar, etc.

A verdade é que toda vida é, por muitas horas, sem graça, muita gente se sente só, inútil, igual aos demais, num “trote” do dia-a-dia, afundado na areia movediça da tecnologia, domado pela rapidez dos tempos modernos, e pouca gente pára pra pensar que quase todo mundo se sente assim. A idealização nos leva a pensar que “lá” seria melhor do que aqui, que com “fulano” seria melhor do que com “ciclano”, que a vida do outro é muito melhor, e o muro das lamentações vai crescendo a cada dia um pouco mais.

As grandes mudanças acontecem devagarzinho, lá no nosso íntimo, cá conosco, são (em sua grande maioria) fruto de trabalho anterior árduo, as alegrias são tão rápidas que às vezes as reconhecemos como tais e já se foram, e (quase) todo mundo tem que dar duro pra ter o que tem/ser o que é, não importa onde quer que esteja neste mundão de Deus. Uma grande parte da vida é bastidor, uns pedaços imperdíveis são partes integrantes da minha vida, da sua, da dele(a). Tem neguinho ralando pra tudo quanto é lado. O sofrimento existe. O amor também. Temos mais é que aproveitar o calor humano pertinho da gente. Não há sentido na vida sem o tal calorzinho. E temos que ter paciência entre um momento e o outro. Que pensemos nisso.

Ainda assim, tomei até agora algumas resoluções firmes pra 2011: trabalhar mais devagar, ao mesmo tempo prestar atenção aos sinais do meu corpo, e continuar sorrindo pra vida.

Texto também inspirado neste daqui do blog “Cartas à Filo-Sofia”.

::Eternamente romântica::

16/10/2008

Fui assistir ontem com amigas este filme água com açúcar (título em alemão “Das Lächeln der Sterne”, O sorriso das estrelas, com Richard Gere e Diane Lane):

No caminho para o cinema, fiquei sabendo que a Madonna e o Guy Ritchie vão se separar. Para falar a verdade, fiquei triste pelos dois. Como já dizia Erica Jong, feminista americana :

“O perfeito homem é aquele que vê o melhor de nós e que se agarra ao ideal da nossa pessoa, mesmo quando nós mesmas duvidamos dele. Seu amor é dirigido não somente àquela que somos, mas também àquela que poderemos vir a nos tornar. Com esta visão ele nos ajuda a encontrar o caminho para nosso verdadeiro Eu. Confiantes de nós, podemos então fazê-lo ainda mais forte, refletindo o melhor dele em nós mesmas. No passado eu era fascinada por tentar entender por que os relacionamentos chegam a um fim. Hoje eu acho muito mais interessante entender o que é capaz de manter um casamento. Um casamento que tem futuro está em processo de constante mudança. O homem perfeito muda a mulher perfeita. Os dois estão ligados pela aceitação de se deixarem ser mudados”.


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