Brasil Alemanha Estudar e Trabalhar na Alemanha Viver como brasileira na Alemanha mulher mineira mineirinha Beagá Belo Horizonte no exterior expatriada emigrante imigrante estrangeira
Outro dia uma mulher me disse o seguinte: “Não gosto de “ismos”. Somos todos seres humanos. Para que perder tempo com o feminismo?”
Para mim o feminismo tem tanto sentido que nem o coloco minimamente em dúvida, e para você? Já parou para pensar por que o termo existe e o que ele realmente significa? Sem dúvida existem homens com características femininas e mulheres com características masculinas. Mas não é sobre isso que estou falando. E olha que existem muitos HOMENS feministas, como o que me enviou o texto abaixo sobre o tema.
As sociedades mais igualitárias, que levam em conta a opinião e necessidades da maioria da população, estão demonstrando maior probabilidade de sucesso na pandemia atual. É provado que empresas que empregam times diversos geram melhores resultados. Dialogar e considerar o outro lado sempre leva a crescimento!
Queria apresentar uma das maiores cantoras alemãs de todos os tempos, na minha humilde opinião. Ela não só é linda, como tem uma voz maravilhosa e ainda nos presenteia com músicas que fazem pensar, como no caso da música abaixo. De quem é o mundo? A qualidade da música não é das melhores, mas vale a pena dar uma chegadinha no Spotify e baixá-la, tendo um som puro e lindo de se ouvir!
Aqui nesta música ela conta sobre dois casos de preconceito e prega a mudança da sociedade, porque o tempo não pára e nada fica como sempre foi. Quem ficar curioso, é só pedir e eu faço a tradução, ok? Com vocês, uma alegria de ouvir, Joy Delanane:
Diz meu cunhado que uma língua se aprende bem ou no berço ou na cama. O segredo dele foi sempre arrumar uma namorada pra treiná-las (tanto a língua estrangeira quanto a própria língua do corpo). 🙂
Neste final de semana fiquei conhecendo uma pequena parte dos 30 brasileiros que estão no momento morando aqui na minha cidade e estudando alemão para ingressar numa universidade alemã. Todos fazem parte do Ciência Sem Fronteiras. Muito legal!
Em homenagem a eles, que me perguntaram dicas de como aprender alemão (que eu informei, logo no início da conversa, que é uma língua que nunca se pára de aprender), aqui uma dica de música e por consequência do cantor alemão de descendência egípcia chamado Andreas Bourani. Esta música está ocupando no momento o 1° lugar nos charts alemães. Com a chegada da Copa, a música promete virar uma coqueluche de verão. E o vídeo ficou lindo, festejando acontecimentos importantes, as pessoas, a diversidade, a vida.
E agora a letra da música (tradução para o português aqui):
Auf Uns – Andreas Bourani
Wer friert uns diesen Moment ein
besser kann es nicht sein
Denkt an die Tage, die hinter uns liegen
wie lange wir Freude und Tränen schon teilen
Hier geht jeder für jeden durchs Feuer
im Regen stehen wir niemals allein
Und solange unsere Herzen uns steuern
Wird das auch immer so sein
Ein Hoch auf das was vor uns liegt
Dass es das Beste für uns gibt
Ein Hoch auf das was uns vereint
Auf diese Zeit (auf diese Zeit)
Ein Hoch auf uns (uns)
auf dieses Leben
auf den Moment
der immer bleibt
Ein Hoch auf uns (uns)
Auf jetzt und ewig
Auf einen Tag Unendlichkeit
Wir haben Flügel
Schwören uns ewige Treue
Vergolden uns diesen Tag
Ein Leben lang ohne Reue
vom ersten Schritt bis ins Grab
Ein Hoch auf das, was vor uns liegt
Dass es das Beste für uns gibt
Ein Hoch auf das, was uns vereint
Auf diese Zeit (auf diese Zeit)
Ein Hoch auf uns (uns)
auf dieses Leben
auf den Moment
der immer bleibt
Ein Hoch auf uns (uns)
Auf jetzt und ewig
Auf einen Tag Unendlichkeit (Unendlichkeit)
Ein Feuerwerk aus Endorphinen
Ein Feuerwerk zieht durch die Nacht
So viele Lichter sind geblieben
Ein Augenblick, der uns unsterblich macht (unsterblich macht)
Ein Hoch auf das, was vor uns liegt
Dass es das Beste für uns gibt
Ein Hoch auf das was uns vereint
Auf diese Zeit (auf diese Zeit)
Ein Hoch auf uns (uns)
auf dieses Leben,
auf den Moment,
der immer bleibt
Ein Hoch auf uns (uns)
Auf jetzt und ewig
Auf einen Tag Unendlichkeit
Ein Hoch auf uns
Ein Feuerwerk aus Endorphinen
Ein Hoch auf uns
Ein Feuerwerk zieht durch die Welt
Ein Hoch auf uns
So viele Lichter sind geblieben
Ein Hoch auf uns
Há um tempo atrás fui numa palestra de uma pedagoga alemã incrível chamada Prof. Dr. Jutta Schöler, que discursou sobre a inclusão dentro de escolas alemãs.
34 escolas no país, dentre elas a escola do meu filho, estarão virando escolas de inclusão a partir do próximo ano letivo por decisão governamental e por obrigação também, porque a Alemanha assinou o artigo 24 da Convenção da ONU, que afirma o direito de educação inclusiva para crianças deficientes.
Mas acontece que a Alemanha ainda tem um sistema educacional muito divisor e por que não dizer segregador, onde muitas crianças (por mil e um motivos e às vezes até por nenhum motivo realmente existente) são retiradas das escolas normais e são colocadas em escolas especiais, chamadas aqui de “Sonderschule“. Em geral trata-se de crianças com algum tipo de deficiência ou uma combinação delas (visual / motora / audição, dificuldade emocional, de aprendizado, etc.), mas em alguns casos o problema é mais dos adultos do que das crianças. Estima-se que 60% das crianças alemãs tenha alguma deficiência no aprendizado(!), o que demonstra um certo desrespeito ao desenvolvimento individual. Enquanto que a Dra. Schöler acredita que somente 1/4 das crianças ditas deficientes sejam realmente deficientes! Ela notou muito bem que na maioria das vezes existe um problema com uma criança na escola principalmente quando dois adultos (no caso a professora/diretora e o pai/mãe) não se entendem. A Dra. Schöler afirma, e com muita razão, que “não devemos ver limites nas crianças, mas sim em nós adultos no que diz respeito à nossa capacidade de cooperação”. Ela mostrou através de vários exemplos que quanto maior for a deficiência da criança, maior será a necessidade dela de viver com outras crianças sem deficiência. Ela alerta para que uma criança não seja transferida a uma escola especial sem que os pais estejam de acordo com esta medida.
Levando-se também em consideração que a cultura alemã é a cultura da análise da falta (enxerga-se sempre o meio copo vazio e não o meio copo cheio), sempre haverá motivo de crítica e de expectativa com relação às crianças, ainda mais tratando-se de crianças estrangeiras ou mesmo alemãs, MAS filhas de estrangeiro(s). Escrevi “mas” com letras maiúsculas, porque para isso existe até um novo termo no vocabulário alemão: Menschen mit Migrationshintergrund (pessoas com passado migratório). Cabe a nós, pais, acompanhar nossos filhos e investir muito em carinho, elogios, observando aquilo que, dentro do nível de desenvolvimento do nosso filho, já melhorou e analisar o que mais pode ser feito para auxiliá-lo adequadamente. A sorte é que as terapias sugeridas (p.ex. fonoaudiólogo, ergoterapeuta, etc.) são todas pagas pelo seguro de saúde alemão através de guia médica expedida pelo pediatra da criança. O negócio é correr atrás! Em algumas cidades alemãs já é possível que os terapeutas visitem as escolas e ofereçam seus serviços em ambiente escolar, o que facilita a interação escola-aluno-terapeuta.
Na palestra aprendi um novo termo maravilhoso, que quero dividir com vocês e que aliás já faz parte do vocabulário norte-americano há muito tempo: inclusão x integração, termo último que é o ainda muito discutido aqui na Alemanha no momento. Mas qual é a diferença entre os dois termos?
A integração é a “teoria dos dois grupos” e parte do pressuposto de que a cultura vigente é superior às demais, e deve, no máximo, tolerar as demais culturas com quem convive. A inclusão, no entanto, parte do pressuposto de que todos são iguais com capacidades diferentes, que as as culturas são igualmente valiosas e nenhuma é maior ou mais importante do que a outra. Dentro desta linha de pensamento, é natural que cada indivíduo seja capaz de adicionar valor à comunidade e ao meio em que está inserido. Fantástico!
Ainda ontem a chanceler Angela Merkel se reuniu com representantes estrangeiros/filhos de estrangeiros de várias partes do país e estes por sua vez sugeriram que os meios de comunicação na Alemanha passem várias imagens de imigrantes, e não só a do ladrão, do corrupto, do malvado. A televisão deveria se esforçar para incluir em seus problemas mais pessoas de outras culturas, e os jornais/revistas deveriam noticiar também sobre bons exemplos de estrangeiros que deram certo no país e contribuem de forma positiva para a comunidade.
Minha prima Ciléia, que é interculturalista e faz um trabalho lindo nos EUA (St. Louis) promovendo a cultura latino-americana, passou-me um entrevista muito valiosa hoje da qual tirei o seguinte:
“Diversity without inclusion is like adding a few drops of vinegar to oil and calling it a great dressing. How can new people be expected to fit into old models and drive new value? The power of diversity shines in a culture of inclusion, where differences are valued and encouraged. Common values are the foundation, but different perspectives and behaviors lead to new understanding, ideas and growth”.
Erby L. Foster Jr. Diretor de Diversidade e Inclusão da The Clorox Company
Aqui a tradução: Diversidade sem inclusão é como jogar uns poucos pingos de vinagre no azeite e chamar a mistura de “molho excelente”. Como pode-se esperar que novas pessoas caibam em estruturas pré-existentes e adicionem valor a elas? A força da diversidade aparece através da cultura da inclusão, onde diferenças são reconhecidas e encorajadas. Os valores comuns são a fundação, mas perspectivas e comportamentos diferentes levam a novos entendimentos, ideias e crescimento.
Alguns links muito interessantes:
– Uma biblioteca de pedagogia inclusiva, na qual constam vários textos, dentre eles muitos da pedagoga Jutta Schöler.
– A íntegra da palestra de Jutta Schöler na minha cidade está aqui (clique em “Vortrag: Inklusion in der Schule”).
– Campanha da ONG Caritas Kein Mensch ist Perfekt (Nenhum ser humano é perfeito).
Aqui na Alemanha há, em geral, muito preconceito no mercado de trabalho. As empresas geralmente querem empregados prontos, com bons estudos, muitos anos de experiência profissional, de preferência também no exterior, que sejam jovens, saudáveis, versáteis… a lista não acaba! Uma verade: elas preferem sim contratar alemães. Mas é claro que num ambiente empresarial as decisões são tomadas por pessoas, que vão se guiar por suas crenças e exigências organizacionais. Se a exigência for encontrar um profissional com determinado perfil, e a pessoa escolhida for um estrangeiro, lógico que a empresa não vai pensar duas vezes para contratá-lo.
O que resta aos que estão tentando um lugar ao sol é sempre tentar perguntar o que não foi do agrado do entrevistador em uma entrevista pessoal, nunca deixar a peteca cair, não perder a auto-estima jamais e sempre acreditar em si próprio. É preciso lembrar também que o mercado de trabalho está passando por uma transformação imensa no momento, e a tendência é vivermos de projeto para projeto e cada vez menos empregados com carteira assinada. Então é necessário ser flexível nesta hora, encontrar sua marca pessoal (que pode ser desenvolvida juntamente comigo) e acreditar nela.
A questão da diversidade, inserida no contexto empresarial, também é realidade também no Brasil, conforme texto a seguir:
°°°
Barrados por terem idade demais, barrados por não terem experiência, recusados pelo critério burocrático de idade máxima de 35 anos, milhões de brasileiros estão neste momento cumprindo a mesma rotina: acordar de manhã, pesquisar os empregos, mandar currículos, aguardar ansiosamente resposta, se animar com alguma possibilidade de entrevista e ouvir do recrutador que seu perfil não é o que a empresa quer. Isso vai demolindo a autoconfiança e eles começam a achar que fizeram a escolha errada, ou têm algum problema que não perceberam.
Não há nada de errado com esses brasileiros. Nas muitas respostas que recebemos o que fica claro é que a empresa faz exigências descabidas, constrói barreiras desprovidas de sentido.
Conversamos com os departamentos de pessoal de algumas empresas. O grupo Randon disse que tem 500 vagas em diversas áreas, 5% de engenharia e nível técnico que estão há 80 dias sem preenchimento. O cenário é o mesmo na Atlas Schindler, onde a convicção é que faltam técnicos no Brasil. A mesma queixa ouvimos na Fosfértil. Um mês atrás fizemos a mesma busca em vários setores e ouvimos as mesmas queixas.
O país está crescendo, o mercado de trabalho está dinâmico, essa é a hora de as empresas abrirem suas portas, sem preconceitos. Hoje, já se sabe que a diversidade é elemento essencial para a formação de uma boa equipe. O Brasil está reclamando de apagão de mão de obra com oito milhões de desempregados.
Fonte: Coluna no Globo de 30/05/10, artigo “Barrados na Porta” de autoria de Míriam Leitão.
Vi no último final de semana o documentário “Até que enfim posso ser eu – o longo caminho até chegar a mim mesmo” que me ensinou muito em termos de sexualidade feminina e masculina. Existem no mínimo 50.0000 transexuais (em alemão: transexuelle / transgender) na Alemanha. A transexualidade caracteriza pessoas que nasceram biologicamente com um sexo, mas se sentem e querem viver no sexo oposto. Este número pode ser ainda maior, pois o fato não é tratado de forma aberta pela sociedade e várias pessoas afetadas temem a reação de suas famílias e amigos.
Eu não sabia que isso era possível. Da mesma forma não sabia que os travestis só querem se vestir como uma mulher, mas não querem passar a viver como uma mulher, do contrário dos transexuais, que se tiverem o desejo íntimo e o ímpeto de viver como uma mulher, farão de tudo para ser aquilo que consideram ser. Vi no documentário vários homens que se transformaram em mulheres e o contrário, sendo que a transformação de mulher para homem é a que mais envolve cirurgias. Uma moça teve que passar por 14 operações para deixar de ter seios, vagina e útero, e no lugar deles recebeu um órgão masculino capaz até de ereção mecânica, usando para tanto parte da pele/tecido dos seios e do braço.
Do contrário, apresentaram três casos de homens casados com desejos femininos. Um deles vivia uma vida de sucesso, era casado e tinha uma filha. Ele(a) fez todas as operações necessárias para se tornar uma mulher, recebeu apoio da mãe, mas perdeu o contato físico com a ex-esposa e a filha, que só querem manter contato por telefone e só a tratam pelo nome masculino. Ela se tornou uma mulher, encontrou um namorado e se casou alguns anos mais tarde, realizando seu sonho, de ser princesa por um dia. O outro também era casado e tinha uma filha, trabalhava como elétrico e um belo dia também resolveu dizer a verdade para sua esposa. Para ela o mundo caiu a princípio, mas com o tempo a esposa passou a aceitar o lado feminino do marido, que foi se transformando em mulher, e foi aceito também pela filha. Hoje eles continuam juntos, casaram-se novamente há alguns anos atrás como prova de seu amor, consideram que o amor ficou até mais forte e a elétrica, agora em corpo feminino, conseguiu manter seu emprego e sua vida intactos. Mostraram ainda um terceiro caso, o de um homem casado que um dia contou para sua esposa que adorava andar vestido como mulher. Esta resolveu aceitá-lo como ele era e hoje ele vive feliz, homem no dia-a-dia, e mulher durante parte de suas horas de lazer.
A transformação de mulher para homem não é menos fantástica. Quem aí ousaria dizer que este homem lindo acima, Bastian Buschbaum (mais fotos aqui), um dia já foi mulher e se chamava Yvonne?!? Ele escreveu um livro contando como foi o processo de deixar de ser uma atleta famosa e passar a ser um homem, intitulado Blaue Augen bleiben blau: Mein Leben (Olhos azuis continuam azuis: minha vida). No documentário foram mostrados vários outros casos, até o de um garoto de 13 anos, que desde há pouco tempo está podendo viver como menino apesar de ter nascido como uma menina, recebendo o apoio dos pais depois de um longo caminho de desencontros e desentendimentos e muita agressão para consigo próprio e para com a sociedade.
Por último, o documentário mostrou uma combinação que eu não sabia que existia: a de pessoas que vem ao mundo literalmente com ambos os sexos. No passado a família ou os médicos definiam qual seria o sexo da pessoa, na esperança de que ela se identificasse com a escolha. Mostraram alguns casos de pessoas que não puderam se identificar com a decisão feita por ocasião de seu nascimento, tendo passado a viver como homens ou mulheres, literalmente renascendo para o mundo no sexo oposto. O documentário procurou mostrar como a sociedade e a medicina estão mudando com o passar das décadas, se abrindo, aceitando casos diferentes e que a medicina vem se especializando para proporcionar a essas pessoas a possiblidade de viver com o corpo que consideram ser seus, tal como desejam.
Um caso chocante é mostrado no final: um homem hoje com 48 anos, Thomas, que nasceu com os dois sexos mas os pais nunca lhe contaram do acontecido. Ele foi obrigado a tomar hormônios sem saber o que estava tomando, e aos 19 anos fez uma operação para retirar seu útero, e só foi descobrir isso anos depois. Agora ele está movendo um processo contra o médico que fez a operação na época, entrou com um outro processo para poder alterar seu nome para Christiane, toma hormônios femininos mas mesmo assim não se sente feliz com seu corpo, por parecer um homem, resultado do tratamento de hormônios masculinos do passado. Ele disse não saber o que é um relacionamento, não tem amigos e se sente sozinho, mas finalmente descobriu quem é: uma mulher.
O documentário mostrou que a onda de pessoas que passaram a viver como gostariam aumentou com a advinda da internet. Foi através da internet que várias destas pessoas buscaram ajuda para se encontrarem com outros que passavam pela mesma situação e poderem entender melhor o que se passava com elas próprias. O documentário mostra que há mais verdades na Terra do que aquilo que conseguimos enxergar com nossos próprios olhos, que o Universo é mais complexo e diversificado do que imaginamos. Todos os exemplos apresentados servem para esclarecer, ensinar e apelar pela compreensão da sociedade, contribuindo para a diminuição do preconceito e da discriminação, pois a pessoa que nasce em outro corpo quer afinal aquilo que todos nós queremos: ser felizes e sentir que chegaram onde queriam ter chegado.
Para ver um pequeno resumo do documentário, clique aqui. Para ler mais sobre o documentário em alemão, clique aqui.
Fonte: documentário de 15/05/10 “Endlich ich – der richtige Körper für mein Leben” (Até que enfim posso ser eu – o corpo certo para minha vida), produção da Vox/Spiegel TV.
Eu tenho uma amiga que me achou na internet. Já não é a primeira vez que isso me acontece. Uma vez fiz uma boa amizade com alguém que entrou na internet no Brasil e colocou uma só palavra no Google: Alemanha. Não é doido? Pois a Zahira Herter me achou no site de relacionamentos Xing e nós nos vimos duas vezes em Munique. Ela é uma flor, muito linda mesmo, por dentro e por fora. Semana passada eu ganhei dela o seguinte poema, de sua autoria, que fala de diversidade e aceitação. Adorei e gostaria de dividir com vocês (Nota: meu francês está bastante enferrujado, quem quiser sugerir uma tradução mais apropriada para algum ponto do poema, eu agradeço!):
Cores…. além das cores…
Eu amo o amarelo e a cor turquesa
Às vezes eu me movimento
No meu vestido vermelho
Quando estou com este rei
Que se chama Flamenco
E me parece estar em branco
Então…o Flamenco
Acabou de se diminuir um pouco
A chama que sabe bem seduzir
No negro, onde eu me quedo acordada
E acima de tudo…
Fortemente maravilhada
Por estas cores douradas
Por estas florestas belas
De todo o universo
Onde eu também amo o verde 🙂
Quanto às outras cores
É suficiente misturá-las
Com fineza, com ternura,
Com doçura
E cada nova cor
É uma generosidade
Para toda a humanidade
Ela está aí
Nem cedo, nem tarde
Somente… na hora certa
Eu te mando um abraço e fico feliz
sempre que te vejo no Xing
você já mergulhou há muito no meu coração
e quando você chega à superfície, o sol brilha, simplesmente o sol 😉
E quando o sol brilha, todos os rostos se iluminam e as outras
flores sorriem também…
E quando as outras flores ficam felizes, a Terra onde moramos
também fica feliz
E enquanto vivermos, iremos doar, e enquanto estivermos doando,
Receberemos de volta da natureza…
Como você vê, Sandra querida, meu coração fala e conversa
com seu espírito, quer você esteja aqui, quer esteja viajando,
Meu coração está conversando constantemente comigo e eu, eu o ouço com atenção 😉
Beijos para sua família, amigos, conhecidos e
desconhecidos, para todos juntos.
Zahira Herter
***
Couleurs….au delà des couleurs…
J’aime le jaune et le turquoise
Quelque fois, je bouge
Dans ma robe rouge
Quand je suis avec ce roi
Qui s’apelle Flamenco
Et s’il m’arrive d’être en blanco
Après…….le Flamenco
C’est juste pour un peu réduire
La flamme qui sait bien séduire
Dans le noir où je reste éveillée
Et surtout….
Fort emerveillée
Par ces couleurs dorées
Par ces belles forêts
De tout l’univers
Où j’aime aussi le vert 🙂
Quant aux autres couleurs
Il suffit de mélanger
Avec finesse, avec tendresse
Avec douceur
Et chaque nouvelle couleur
Est une générosité
Pour toute l’humanité
Elle est là
ni tôt ni tard
Juste……à l’heure
Ich umarme Dich und freue mich,
immer wenn Du in Xing auftauchst,
in meinem Herzen bist du schon längst tief eingetaucht
und wenn Du hoch kommst, scheint die Sonne, einfach die Sonne 😉
Und wenn die Sonne scheint, scheinen alle Gesichter und die anderen
Blumen freuen sich….
Und wenn die anderen Blumen sich freuen, freut sich die Erde auf der
wir leben
Und so lange wir leben, werden wir geben und solange wie geben,
gibt uns die Natur immer zurück….
Du siehst, liebe Sandra, mein Herz spricht und bespricht Deinen
Geist, ob Du hier bist oder vereist,
Mein Herz spricht immer und ich höre, höre ihm aufmerksam zu 😉
Meine lieben Grüße an Deine Familie, Freunde und Bekannte und
Unbekannte, alle zusammen.
Zahira Herter
Você é multicultural também no escritório? Quando é que estrangeiros se empenham mais com ideias e sugestões no ambiente de trabalho? Qual é a relação entre este empenho e a satisfação pessoal do trabalhador? Qual é o papel p.ex. do chefe? Esta e outras questões estão sendo analisadas através da pesquisa de conclusão de curso universitário de Majula Haber, para a qual ela está em busca de participantes. A condição para participação é que tenha crescido convivendo com duas culturas, trabalhe na Alemanha e tenha conhecimentos médios da língua alemã.
Aqui você pode acessar o questionário (duração de 25 minutos). Participe!
***
“Kulturelle Vielfalt in der Arbeitnehmerschaft“ – Teilnehmer/Teilnehmerinnen für Onlinebefragung gesucht!
Multikulti auch im Büro? Wann und wie bringen Menschen mit Migrationshintergrund sich an ihrer Arbeitsstelle besonders mit Ideen und Vorschlägen ein? Wie hängt diese Einbringung mit der Arbeitszufriedenheit zusammen? Welche Rolle spielt hier z.B. der Führungsstil des Vorgesetzten? Diese und weitere Fragen werden in einer Diplomarbeit von Majula Haber, für die sie Teilnehmer/Teilnehmerinnen mit Migrationshintergrund sucht. Voraussetzung ist, mit zwei Kulturen groß geworden zu sein, Arbeitnehmerstatus in Deutschland, sowie mittlere bis gute Deutschkenntnisse.
O Youtube lançou uma campanha junto do movimento “Laut Gegen Nazis” (Falando alto contra os nazistas) para que estudantes aqui na Alemanha façam vídeos a favor da diversidade, da tolerância e contra o racismo.
A campanha conta com o apoio da chanceler Angela Merkel e de muitos artistas e personalidades, dentre eles a banda de rock alemã Silbermond. Os prêmios são atrativos: um concerto da banda na escola do grupo ganhador da campanha, uma viagem a Berlim e distribuição de câmeras para produção de vídeos entre os participantes ganhadores. Mas o mais bonito é o sentido da campanha. Ela afirma o seguinte:
Façam seu filme a favor da tolerância – contra a discriminação e o racismo!
Como pode ser que a intolerância e a discriminação, também entre jovens e nas escolas, estejam crescendo na Alemanha?
Com a campanha “361°C de Tolerância” vocês podem mostrar que são contra este desenvolvimento e que não querem apoiá-lo. Façam seu filme a favor da tolerância e o entreguem para o concurso. Podem ser feitos filmes de curta duração, uma reportagem ou um vídeo de música relacionado ao tema. O grupo Silbermond vai cantar na escola do grupo vencedor em novembro!
Dêem uma olhada nos vídeos da campanha aqui. Principalmente o vídeo com várias personalidades comentando o que significa a campanha “361°C de Tolerância” e o que significa ser tolerante vale muito a pena ser visto!
***
Dreht euren Film für Toleranz – gegen Ausgrenzung und Rassismus!
Wie kann es sein, dass Intoleranz und Diskriminierung in Deutschland auch unter Jugendlichen und an Schulen wieder zunehmen?
Bei „361° Toleranz” könnt ihr ein Zeichen dafür setzen, dass ihr diese Entwicklung nicht hinnehmen wollt und anders seid. Dreht euren eigenen Film zum Thema „Toleranz” und reicht ihn hier beim Videowettbewerb für Schüler ein. Schnappt euch eine Kamera, motiviert eure Freunde und Mitschüler und produziert einen Kurzfilm, eine Reportage oder ein Musikvideo zum Thema. Für die Gewinner des Wettbewerbs spielen SILBERMOND im November exklusiv an deren Schule!
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