Posts Tagged ‘Viagens’

::Como alcançamos a expansão da consciência::

19/01/2021

Falando em viagens internas e sobre a pandemia, ela está cheia de boas surpresas, em ambos os casos! Tinha tocado neste tema no podcast do VM80D, e “por acaso” me deparei com mais um texto lindo da Anya Piffer, que sou compelida a partilhar abaixo.

Antes, queria contar um caso de transmimento de pensação que aconteceu recentemente comigo. Há uma semana atrás, ouvi a música Lemon Tree e pensei que daria pra fazer um cover ótimo com ela sobre a pandemia. Ontem recebi de uma amiga inglesa o cover pronto, com letra feita por ela, música cantada e tocada por ela. Ficou fantástico!

Bom, voltando à Anya Piffer, abaixo o texto dela, que republico do site Somos Todos Um. Creio piamente na viagem a que ela se refere, e sei que ela é a mais importante a ser feita durante a nossa vida. Qual é? Leia abaixo e deixe seu comentário!

Como alcançamos a expansão da consciência

Existe uma razão maior que nos une a todos neste processo de aceleração que temos passado em nosso planeta. Somos fontes de um mesmo propósito coletivo. Esse propósito nos encaminha para alcançarmos a nossa expansão de consciência, e no processo de alcançar a expansão da nossa consciência, adentramos num novo mundo e tomamos posse do real sentido de estarmos aqui.

Esse processo não se resume em arguir a nossa mente para saber como fazer, mas sim, em escavar os nossos porões emocionais e nos deparar com o nosso maior desafio que é olhar para dentro de nós mesmos e vermos todos os pontos que precisamos ajustar.

Criamos uma revolução interna e isso nos dá um pânico danado só de pensar no grande trabalho que teremos pela frente para escavar ainda mais profundamente a cada momento que descobrirmos que chegamos a algum lugar. Por que não há lugar nenhum para chegar. E não se trata de um percurso calculado matematicamente.

Olhar para dentro é aprender a fazer uma das viagens mais longas da nossa vida, cuja importância não pode ser comparada, nem de longe, a atravessarmos os continentes. Essa longa e importante viagem é a travessia entre a mente e o coração. Uma longa jornada, e quem sabe a viagem mais esperada por nós e também a mais temida.

Encontrar esse eixo que nos levará para dentro da nossa grande jornada interna é o caminho para iniciarmos a travessia de um lado ao outro, entre o mundo externo até o mundo interno, entre o viver e o existir, entre o estreito e o largo. São muitas expressões para nos levar a visualizar esse caminho e conseguir expandir nossa consciência ao ponto de não necessitarmos olhar para trás, por que o ontem não existirá mais.

Nesta fase descobrimos que só existe o hoje – que é o nosso maior triunfo. Trabalharemos na expressão do hoje, do aqui e agora, do existir em nossa essência e não somente em nossa mente. E assim, vamos contornando os caminhos e seguindo em direção ao propósito maior da Criação: nossa evolução.

Estejamos permissivos para que essa evolução entre e nos acesse. Estejamos conscientes e prontos para a travessia. Só assim estaremos prontos para responder a nós mesmos o que viemos fazer aqui.

E neste momento, será muito provável, que a resposta ficará somente para si mesmo.

Anya Piffer

07/07/2020

::A morte de um empregada doméstica que deixou o Brasil em estado de alerta::

29/03/2020

As classes média e alta do Brasil estão trazendo o coronavírus junto de suas viagens (internacionais) – mas não querem abdicar da ajuda dos trabalhadores domésticos vindos das favelas. Com isso, a doença pode se alastrar rapidamente entre os mais pobres.

Por Marian Blasberg, correspondente alemã no Rio de Janeiro da revista Der Spiegel, vivendo no país desde 2014

28.03.2020, 21:41 horas

Durante 63 anos, a empregada doméstica Cleonice Gonçalves levou uma vida no Rio de Janeiro que não interessava a mais ninguém. Ela trabalhava em um apartamento chique no bairro de praia do Leblon, onde os preços dos terrenos são mais altos do que em qualquer outro lugar do Brasil.

Lá ela limpava os banheiros e as maçanetas das portas, cozinhava e passava roupas. Quatro dias por semana ela dormia num pequeno quarto de empregada no apartamento da sua patroa. Nos fins-de-semana, ia de carro para sua casa no subúrbio em Miguel Pereira, a duas horas de distância do Leblon, onde vivia com a família numa casa não rebocada, numa estrada de cascalho.

Cleonice, que ao longo de sua vida desapareceu numa massa sem rosto de mão-de-obra barata que se deslocava de suas favelas para a cidade em ônibus e trens lotados, só virou manchete de jornal no Brasil quando morreu na terça-feira da semana passada. A sua morte aterrorizou o país.

 A patroa de Cleonice, conforme foi noticiado nos jornais locais, tinha passado os dias de carnaval na Itália. No seu regresso, a senhora idosa tinha se submetido a um teste de coronavírus, mas não considerou necessário informar sua empregada sobre o fato e nem dispensar os seus serviços durante os dias em que esperava pelo resultado do teste.

As coisas continuaram como de costume até que Cleonice foi ao médico no último dia 13 de março, por sentir dores quando urinava. O médico receitou-lhe um antibiótico. Dois dias depois, ela teve dificuldade para respirar. Cleonice, que era diabética e sofria de pressão alta, foi a um hospital, mas também não encontrou lá ninguém que pudesse interpretar adequadamente o seu estado de saúde.

Cleonice Gonçalves, uma empregada doméstica, faleceu no dia 17 de março, dia em que a sua patroa recebeu o resultado positivo do seu teste. O fato de uma mulher como ela, entre todas as pessoas, ter sido provavelmente a primeira vítima do coronavírus no Rio de Janeiro, não foi apenas simbólico. É também um sinal de alarme.

Como em muitos outros países do hemisfério sul, o vírus foi disseminado no Brasil por uma classe alta e média rica, predominantemente branca, por pessoas que têm dinheiro para viajar. Não é coincidência que o Rio de Janeiro tenha relatado seus primeiros casos vindos dos ricos desfiladeiros urbanos do Leblon e de Ipanema.

Mas a grande preocupação é outra: o que acontecerá quando o vírus infectar pela primeira vez os lugares onde vivem todas aquelas pessoas que mantêm a vida na cidade, empregados domésticos como Cleonice, cozinheiros e babás, os porteiros que se sentam nas entradas das casas, os caixas dos supermercados, os garçons dos bares e restaurantes, todos os comerciantes informais e vendedores ambulantes que oferecem suas mercadorias nas calçadas?

O jornal diário “O Globo” resumiu esse medo há alguns dias em uma enorme foto de efeito, que basicamente não precisava de explicações adicionais. Mostrava um trecho da favela da Rocinha, um emaranhado sem limites de casas e cômodos interligados. Um lugar onde dezenas de milhares de pessoas vivem juntas num espaço muito pequeno.

Esta imagem não só pareceu uma mensagem apocalíptica de um futuro próximo, como também poderia ser interpretada como um pedido de ajuda na direção de um presidente que teimosamente descartou o vírus como uma “gripezinha”. O Brasil não pode ser comparado à Itália, disse Jair Bolsonaro no início desta semana. A Itália tem 200 habitantes predominantemente idosos por cada quilômetro quadrado, enquanto que o Brasil conta com 24 pessoas predominantemente jovens vivendo em cada quilômetro quadrado. É um disparate estatístico que deixa um número crescente de brasileiros balançando a cabeça, não concordando com a argumentação do presidente.

Segundo números oficiais, num lugar como a Rocinha, há quase 50 mil pessoas por quilômetro quadrado. No Complexo da Maré existem 31 mil, no Complexo do Alemão 23 mil. 1,7 milhões de pessoas vivem nas quase mil favelas do Rio de Janeiro, e as condições que existem por lá são, muitas vezes, extremamente precárias.

O Estado retirou-se de muitos desses assentamentos, que agora são controlados por milícias ou gangues de drogas. Em muitas esquinas, o lixo não recolhido está se acumulando. O esgoto flui pelos becos sob o céu aberto. Em casas onde seis ou sete pessoas partilham um quarto, o isolamento social é uma ilusão.

Nestes dias em que o Rio de Janeiro está apenas hesitantemente parando, o vírus está se alastrando nestes lugares de maneira quase desapercebida. Quatro favelas já relataram casos confirmados de corona e dezenas de casos suspeitos. Esta é uma das razões pelas quais o ministro da Saúde de Bolsonaro, Luis Henrique Mandetta, assume agora que o sistema de saúde provavelmente entrará em colapso até o final de abril.

“Se nada for feito, um tsunami vai atingir os hospitais públicos!” Isso é o que afirma o jovem Raul Santiago em uma conversa ao telefone, com uma voz bastante excitada. Raul vive com sua esposa e quatro filhos em um barraco no Complexo do Alemão. O problema, ele acredita, é a desigualdade social no Brasil. Como um homem pobre, ele pertence ao grupo de risco.

Raul Santiago questiona: “O que será dos mais necessitados que não têm poupanças e que não estão cobertos por uma rede de segurança social? É só observar o que aconteceu com a água”, diz Raul. Na verdade, este ano parece uma maldição. Em janeiro, uma sopa marrom e malcheirosa saiu da torneira em todas as partes da capital carioca, apenas porque ninguém havia notado que algas haviam contaminado a estação municipal de tratamento de esgoto. Depois, em fevereiro, choveu tanto que em algumas favelas as casas escorregaram das encostas e enterraram seus habitantes. Agora, a água da torneira está razoavelmente limpa novamente, diz Raul, mas vários dias por semana, por alguma razão, não sai água da torneira, por isso eles não podem sequer seguir a regra simples de higiene de lavar as mãos frequentemente.

O álcool gel, que faz parte do cotidiano de muitos brasileiros desde a gripe suína em 2009, agora está sendo tão difícil de encontrar que uma pequena garrafa custa uma fortuna. “Aqui em cima no nosso morro: três euros, às vezes quatro ou cinco (entre 15-25 reais)”, diz Raul.

Raul Santiago fundou um coletivo de ativistas com alguns amigos há alguns anos atrás, chamado Papo Reto, para falar sem rodeios. Ele normalmente fala em eventos sobre temas como violência ou racismo. Hoje ele tem cartazes impressos, que penduram em lugares estratégicos da favela, nas entradas ou nos lugares onde estão estacionados os mototáxis e micro-ônibus, que ainda levam muita gente para trabalhar da favela para a cidade. Entre outras coisas, eles apontam que aqueles que têm água devem recolhê-la em baldes e compartilhá-la com os seus vizinhos.

Várias vezes ao dia, o povo da comunidade de Raul corre pelos becos em um carro com alto-falante, informando as pessoas que os moradores devem evitar grandes reuniões e arejar bem suas casas. Ele diz que eles próprios estão tomando providências porque o governo está fazendo muito pouco.

Ninguém sabe exatamente quantos brasileiros trabalham em condições precárias ou quantos estão sendo demitidos hoje em dia. A questão é: Quem está cuidando dessas pessoas? O que vai acontecer com os mais necessitados, que não têm poupanças e que não estão cobertos por uma rede de segurança social? O que é que eles vão comer?

Para evitar uma emergência humanitária, a associação nacional de favelas “CUFA” publicou há alguns dias um catálogo de 14 solicitações. Dentre outras coisas, sugere-se que os habitantes das favelas recebam sabão gratuito durante toda a crise. Também que a internet seja gratuita para que as pessoas possam se informar. Citam a necessidade de apoio aos proprietários de pequenas lojas, e afirma que aqueles que são mais duramente atingidos deveriam receber regularmente pacotes de alimentos básicos.

Há alguns dias atrás, Paulo Guedes, o ministro neoliberal da economia de Bolsonaro, havia dito que os mais pobres poderiam receber 200 reais por mês, 40 euros, mas depois disso ninguém voltou a ouvir nada mais sobre essa proposta. Na sexta-feira, foi o Congresso que aumentou o montante para o equivalente a 100 euros. Enquanto isso, o próprio Bolsonaro parece se incomodar com outros assuntos. Como o pânico em seus olhos só leva a uma queda desnecessária no crescimento econômico, ele agora exige que os governadores reabram as lojas nos estados brasileiros. O trânsito deve fluir novamente, e as escolas também devem voltar ao funcionamento normal, porque crianças e jovens não pertencem ao grupo de risco, segundo ele.

Um homem como o famoso infectologista Edimilson Migowski tem dificuldade em manter a calma diante de tais afirmações. O vírus, diz ele, está se espalhando mais rápido do que muitos especialistas pensavam. O governo tem que agir agora, ou será tarde demais.

É importante focar na população mais desfavorecida. Por causa das condições de vida, diz ele, um número desproporcional de pessoas sofre de condições de saúde pré-existentes. A falta de higiene e quartos escuros ou mal ventilados significam que a proporção de pessoas que sofrem de tuberculose ou asma é cinco vezes maior nas favelas do que nos bairros mais prósperos. Há muitos diabéticos devido à má nutrição.

“Se você quer proteger essas pessoas”, diz Migowski, “então você tem que tentar isolá-las de alguma forma, mesmo que elas estejam em hotéis vazios”. Para evitar que o vírus se propague, é preciso testá-los o mais cedo possível, não só os casos graves, mas também os leves, pois não são menos contagiosos”. No fim de semana foi anunciado que a cidade está agora alugando hotéis para isolar os idosos das favelas.

O problema é que o Brasil ainda tem muito poucos testes. Os hospitais não têm máscaras e luvas. No Rio, bilhões de cortes no sistema público de saúde fizeram com que os hospitais da cidade perdessem 1.051 leitos de terapia intensiva somente nos últimos dois anos. A força de trabalho de centenas de clínicas que oferecem tratamento inicial gratuito foi reduzida durante a crise econômica desde 2014 ao ponto de atingir agora apenas a metade da população. Em alguns desses hospitais, os trabalhadores sem a qualificação necessária estão mantendo as operações porque inúmeros médicos pediram demissão depois de que seus salários não foram pagos durante vários meses.

Estes são os lugares que pessoas como Cleonice Gonçalves visita quando estão doentes. Eles já estavam trabalhando demais antes mesmo do coronavírus aparecer.

Hoje, as barracas estão sendo erguidas às pressas em frente de muitos destes postos de saúde para separar casos de coronavírus dos outros pacientes. Em vários lugares da cidade, soldados estão montando hospitais de campanha, mas Raul Santiago, o ativista do Complexo do Alemão, ainda está se preparando para o pior. “Na melhor das hipóteses, teremos cenas como aquelas na Itália”, diz ele.

Na noite seguinte à entrevista, um toque de recolher noturno entra em vigor em algumas favelas da cidade. Em alto-falantes e no WhatsApp, as gangues da droga anunciam: “Só queremos o melhor para o nosso povo. Se o governo não puder fornecer segurança, o crime organizado o fará”.

Fonte: artigo da revista alemã Der Spiegel de 28/03/20.

Traduzido com a versão gratuita do tradutor – www.DeepL.com/Translator, adaptação e correção do texto por Sandra Santos, 29/03/20, 17:00 horas

P.S.- Uma nota de agradecimento à minha irmã Renata pela sugestão do uso do tradutor DeepL! Ainda não é perfeito, mas é muito bom e ajudou bastante na tradução inicial.

::Por que ser feminista?::

12/03/2017

Quando eu era criança, queria falar tantas línguas quanto o Papa João Paulo II, que falava 40 línguas, e visitar todos os países do mundo, como ele visitava. Com o tempo, descobri que o Papa da minha infância lia o som dos idiomas, mas não falava tantas línguas, e decidi também que não quero visitar países onde mulheres tenham menos direitos do que homens. Alguns poderiam argumentar que esses países são poucos, outros poderiam dizer que são “só” os países muçulmanos, mas acabo de achar uma lista enorme de países onde a mulher vale bem menos do que o homem… Assim fica difícil viajar!… Pensando pelo lado positivo, espero que essas discrepâncias diminuam com o tempo e que a igualdade entre os sexos seja cada vez mais alcançada! A verdade é que em pleno século 21, onde os homens querem conquistar o espaço e estabelecer vida em Marte, muit@s ainda questionam e perguntam sobre o sentido do feminismo, e ainda há muito por conquistar para nós, mulheres.

Muito do que podemos hoje e consideramos claros direitos adquiridos do sexo feminino, foram direitos conquistados com o passar do tempo, frutos de muitas discussões e lutas, como por exemplo: o direito ao voto, ao divórcio, a frequentar uma universidade, trabalhar, ter conta própria no banco, dirigir, decidir se queremos ou não fazer sexo (também dentro do casamento)… a lista seria interminável se contássemos as desigualdades que ainda existem nos dias de hoje, nos quatro cantos do mundo: desigualdade de gênero, de salários, na divisão do trabalho doméstico, no tempo investido (e não remunerado) com o cuidado de familiares, a dependência feminina até a aposentadoria, para aquelas que não têm um salário próprio…

Enquanto isso, na Suíça, li recentemente um artigo dizendo que a atuação feminista das mulheres, como p.ex. as ações durante o Dia Internacional da Mulher, deixa os homens inseguros. Muitos deles, por não saberem direito mais como se portar perante uma mulher, preferem assistir filmes pornográficos no lugar de manter um relacionamento!… Mas a resposta, na realidade, é bem simples: um “não” significa um “não”!… Como dizia a minha avó: “quando um não quer, dois não brigam (ou brincam)”!… Cada par define o que está bem para eles  e os deixa felizes, definindo suas regras e compromissos aceitos entre as partes.

Vamos às leis absurdas que ainda imperam no mundo contra as mulheres:

– Uma mulher tem que permitir “sexo ilimitado” ao marido, assim que ela completar 15 anos na Índia e 13 anos em Singapura! No Yemen, onde o casamento entre crianças é algo muito comum, não existe nem uma idade mínima para tanto. Isso quer dizer que se um homem violentar sua mulher nesses países, ele não cometeu nenhum crime perante a lei;

– Na Tansânia, uma menina de 15 anos pode se casar com o consentimento de seus pais, ou até com 14 anos através de decisão judicial, se “razões importantes “ puderem ser consideradas, enquanto que meninos  só podem se casar aos 18 anos;

– Na Jordânia ou no Líbano, só é dada a nacionalidade automática destes países a filhos cujo pai seja jordaniano ou libanês. A nacionalidade da mãe não é levada em conta e não é transferida automaticamente ao seu filho. Se uma mãe jordaniana for casada com um homem de outra nacionalidade, seus filhos não terão o direito de receber a nacionalidade da mãe e perderão direitos como o de concorrer a empregos públicos ou ligados ao sistema de saúde e escolar;

– Em Malta, se uma mulher for raptada e decidir se casar com o agressor, este não precisará ser julgado perante a lei e não irá cumprir pena de prisão;

–  No Líbano, se uma mulher for raptada ou estuprada e o agressor se casar com ela em seguida, ele também estará livre de julgamento;

– Ainda há 46 países do mundo que consideram que a mulher é um acessório masculino e que só pode agir na esfera do seu consentimento, não lhes oferecendo proteção contra a violência doméstica. Na Nigéria um homem tem até o direito de bater em sua esposa, com o objetivo de castigo e repreensão, desde que desse castigo não resultem “danos irreparáveis e permanentes”. Em muitos países, 25% ou mais acham justificável um homem bater na esposa (estudo de 2010 feito pela Asociación de la Encuesta Mundial de Valores). Atualmente, a violência doméstica mata cinco mulheres por hora (!) diariamente em todo o mundo;

– No Chile, na Tunísia e na Inglaterra, em caso de herança, o homem recebe mais do que a mulher. Na Tunísia, uma lei de 1956 prevê que um filho homem recebe o dobro da herança de uma filha mulher. Na Inglaterra, a casa da família será passada para o primeiro filho homem do casal, independente do número de filhas mulheres que tiverem nascido antes. Somente em 2012 (!) houve uma alteração na sucessão ao trono, que será dada ao primeiro filho do casal, independente de seu sexo;

– Na República dos Camarões, dentro um total de 18 países, um homem pode impedir que uma mulher trabalhe se ele for da opinião de que a atividade dela não irá contribuir para o bem da família. Uma lei como essa não é só discriminatória, mas impede que a mulher tenha renda independente e fuja da espiral da dependência e pobreza;

– Em 29 países do mundo, na Ásia e na África, o clítoris de meninas e mulheres é cortado como costume ancestral. Mais de 125 milhões de mulheres já foram vítimas dessa prática;

– A Arábia Saudita é o único país do mundo onde mulheres não podem dirigir carros!

O feminicídio é o ato máximo da violência contra a mulher, que não está só relacionado a violências externas (agressão, espancamento, estupro, assassinato, etc.) mas também a violências psicológicas (humilhação, coação, manipulação, perseguição, insulto, chantagem, ridicularização, vigilância constante, limitação do direito de ir e vir, etc.). No ano de 2015, o Brasil foi classificado como o quinto país com maior taxa de homicídio de mulheres. Segundo pesquisa da Datafolha, 33% da população brasileira diz acreditar que a vítima tem culpa em casos de estupro. Uma tristeza mundial: uma em cada cinco mulheres de até 18 anos já foi vítima de violência. Veja todas as formas de violência contra a mulher aqui.

Se você conhecer mais alguma lei ou proibição absurda contra mulheres, não deixe de incluí-la nos comentários. Se tiver algo a completar ou corrigir, agradeço por sua contribuição! Repasse este post, para que mais e mais mulheres entendam que precisamos ser amigas e irmãs umas das outras, lutando e defendendo o feminismo e a sororidade (irmadade entre mulheres). Muito obrigada!

Fontes: Jornal 20 Minutos da Suíça de 10/03/17, artigoTreibt Feminismus-Hype Männer in die Porno-Falle?”; website Global Citizen, artigo10 völlig absurde, frauenverachtende Gesetze, die auch heute noch existieren”, website La Informacion, artigo “La ablacion del clítoris se practica en 29 países de Asia y África”; website http://www.compromissoeatitude.org.br, artigo “Em muitos países, 25% ou mais acham justificável um homem bater na esposa”; website http://www.agenciabrasil.ebc.com.br, artigo “Violência doméstica mata cinco mulheres por hora diariamente em todo o mundo”; página www.ultimosegundo.ig.com.br, artigo “Meus pais me ameaçavam com motossera”: veja casos de violência contra a mulher”, página www.cnj.jus.br, artigo “Formas de violência”.

::Pensamentos sobre viajar & viagens::

18/05/2009

Tirei desta página muitos pensamentos sobre um dos temas que mais amo: viajar! E os dedos “coçaram” até que fiz a tradução para o português daqueles que mais gostei:

Die beste Bildung findet ein gescheiter Mensch auf Reisen.
A melhor formação que um bom homem pode encontrar está em viagens.
Johann Wolfgang von Goethe (1748-1832)

Eine Reise ist ein vortreffliches Heilmittel für verworrene Zustände.

Uma viagem é um ótimo remédio para situações confusas.
Franz Grillparzer (1791-1872)

Nur aufs Ziel zu sehen, verdirbt die Lust am Reisen.

A vontade de viajar pode ser estragada através da fixação pelo destino.
Friedrich Rückert (1788-1866)

Der wahre Reisende weiß nicht, wohin die Reise geht, der wahre Abenteurer weiß nicht, was er erleben wird. Seine Reisen führen ihn nicht eher in eine Richtung als in eine andere. Seine Neugierde ist nicht auf einen bestimmten Punkt gerichtet.
O verdadeiro viajante não sabe para onde sua viagem o levará, o veradeiro aventureiro não sabe o que ele presenciará. Suas viagens não os levam a uma direção mais do que a outra. Sua curiosidade não está concentrada em um ponto determinado.
Chuang-tzu (ca. 365-286 v. Chr.)

Bevor wir die Reise um die Welt beginnen, sollten wir die Reise um uns selbst beendigen.
Antes de começarmos a viajar pelo mundo, deveríamos acabar de viajar em nós mesmos.
Denis Diderot (1713-1784)

Wer sein Land nie verlassen hat, ist voller Vorurteile.

Quem nunca deixou seu país tem muitos preconceitos.
Carlo Goldoni (1707-1793)

Viele Fächer werden an unseren Schulen gelehrt. Aber eines der wichtigsten fehlt: die Reisekunde. Denn das intelligente Reisen, das Verständnis fremder Länder und Völker will gelernt sein.
Muitas matérias são ensinadas em nossas escolas. Mas uma das mais importantes é inexistente: aprender a viajar. Porque é preciso aprender a fazer uma viagem inteligente, que inclui o entendimento por países e povos diversos.
John Steinbeck (1902-1968)

Liebst Du Dein Kind, so schicke es auf Reisen.

Se você ama seu filho, mande-o viajar.
Indisches Sprichwort / Ditado indiano

Es gibt kein sichereres Mittel festzustellen, ob man einen Menschen mag oder nicht, als mit ihm auf Reisen zu gehen.
Não há maneira melhor de saber se você gosta ou não de alguém, a não ser que viaje com ele.
Mark Twain (1835-1910)

Die besten Entdeckungsreisen macht man, indem man die Welt mit anderen Augen betrachtet.
As melhores descobertas podem ser feitas através do fato de ver o mundo sob outra perspectiva, com outros olhos.
Marcel Proust (1871-1922)

Die gefährlichste aller Weltanschauungen ist die Weltanschauung der Leute, welche die Welt nicht angeschaut haben.
A perspectiva mais perigosa sobre opiniões mundiais é daqueles que nunca viram o mundo com seus próprios olhos.
Alexander von Humboldt (1769-1859)

Die Reise gleicht einem Spiel; es ist immer Gewinn und Verlust dabei, und meist von der unerwarteten Seite; man empfängt mehr oder weniger, als man hofft, man kann ungestraft eine Weile hinschlendern, und dann ist man wieder genötigt, sich einen Augenblick zusammenzunehmen. Für Naturen wie die meine, die sich gerne festsetzen und die Dinge festhalten, ist eine Reise unschätzbar: sie belebt, berichtigt, belehrt und bildet.
Viajar é como um jogo; é perder e ganhar ao mesmo tempo, e na maioria das vezes isso acontece de forma inesperada; recebe-se mais ou menos do que se espera, pode-se permanecer por um bom tempo a salvo, aproveitando a viagem, e logo após tem-se que tomar uma posição, conter-se. Para pessoas da minha natureza, que gostam de se instalar/radicar e de reter coisas, uma viagem é muito valiosa: ela dá vida, altera nossas opiniões, instrui e ensina.
Johann Wolfgang von Goethe (1749-1832)

Wo ich auch war und was mir das Leben auch gab, immer hatte ich Heimweh.

Onde quer que eu tenha estado e apesar de tudo o que a vida me deu, sempre senti saudades de minhas origens.
Ludwig Thoma (1867-1921)

Die Welt ist ein Buch, von dem man nur die erste Seite gelesen hat,
wenn man nur sein Land gesehen hat.

O mundo é um livro no qual aquele que nunca deixou seu país só se leu a primeira página.
Fougeret de Moubron (1706-1760)

Nur Reisen ist Leben, wie umgekehrt das Leben Reisen ist.
Só a viagem é vida, como ao contrário vida é viagem.
Jean Paul (1763-1825)

Viel zu spät begreifen viele die versäumten Lebensziele:
Freude, Schönheit der Natur, Gesundheit, Reisen und Kultur.
Darum, Mensch, sei zeitig weise! Höchste Zeit ist´s: Reise, reise!

Muitos percebem tarde na vida os objetivos da vida: a alegria, a beleza da natureza, a saúde, a viagem e a cultura. Por isso, homem, seja um sábio desde cedo! Já está passando da hora: viaje, viaje!
Wilhelm Busch (1832-1908)

Wer einem Fremdling nicht sich freundlich mag erweisen,
der war wohl selber nie im fremden Land auf Reisen.

Quem não sabe ser simpático com um estrangeiro nunca esteve viajando por países estrangeiros.
F. Rückert

Reisen ist tödlich für Vorurteile.
Viajar é mortal para os preconceitos.
Mark Twain


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